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Usiminas (USIM5): Minério de ferro e projeções para o aço frustram e ações desabam 10%; é hora de vender?

23 abr 2024, 11:26 - atualizado em 23 abr 2024, 12:06
usiminas 1t24
Ações da Usiminas lideram a ponta negativa do Ibovespa após divulgação dos números do 1T24 (Imagem: REUTERS/Fabian Bimmer)

A Usiminas (USIM5) lidera a ponta negativa do  Ibovespa (IBOV) no pregão desta terça-feira (23), após divulgar números “neutros” referentes ao primeiro trimestre de 2024 (1T24). Às 11h15, as ações recuavam 10,12%, cotadas a R$ 9,50.



Do lado positivo, o Itaú BBA e o Safra destacam os resultados melhores do que o esperado na divisão de aço, ajudados por um bom desempenho de custos. O Ebitda ajustado da siderurgia foi de R$ 334 milhões, um aumento frente aos R$ 376 milhões do trimestre anterior.

O custo dos produtos vendidos (CPV) por tonelada diminuiu 11%, enquanto o custo caixa de produção por tonelada caiu 8%. Os volumes de aço doméstico e preços foram sequencialmente estáveis. As exportações aumentaram para 123 mil toneladas, resultando em um mix de vendas plano.

Por outro lado, Daniel Sasson e a equipe do BBA avaliam que o minério de ferro decepcionou. Os resultados da mineração foram afetados por preços realizados mais baixos e volumes fracos. O Ebitda ajustado da operação foi de R$ 83 milhões, queda trimestral de 75%.

“Os resultados do 1T24 da divisão foram afetados por uma redução trimestral de 25% nos preços realizados de minério de ferro em reais, prejudicados pelos impactos negativos do mecanismo de precificação e maiores vendas de produtos de qualidade inferior, e uma redução trimestral de 18% nos embarques de minério de ferro”, afirmam.

Ricardo Monegaglia e Conrado Vegner, do Safra, avaliam ainda que a geração operacional de caixa atingiu R$ 31 milhões negativos, afetada por maiores necessidades de capital de giro e impostos efetivos. “A dívida líquida subiu para 0,2x, e a empresa reverteu sua posição de caixa do 4T23 para uma dívida de R$ 300 milhões”, ressaltam.

Tanto o BBA quanto o Safra seguem com recomendação outperform para Usiminas e preços-alvo de R$ 12 e R$ 12,50, respectivamente.

Projeções da Usiminas frustram

Os analistas avaliam ainda que as expectativas da Usiminas de um desempenho sequencialmente estável na divisão de aço no segundo trimestre frustra os investidores, que estavam mais otimistas com as perspectivas de uma recuperação.

“Os volumes deverão beneficiar de um forte desempenho nos setores dos eletrodomésticos e do petróleo e gás, mas a concorrência com as importações continua acirrada”, diz o BBA.

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Sobre os preços, a companhia espera que um mix de vendas mais rico compense a queda contratual nos preços do setor automobilístico.

Em relação aos custos de produção de aço por tonelada, apesar da melhoria sequencial de 8% no primeiro trimestre, a Usiminas espera um ligeiro aumento entre abril e junho, devido ao dólar mais forte e ao mix de produtos de maior valor agregado.

“No geral, espera-se que o Ebitda no segmento siderúrgico seja sequencialmente estável. Na divisão de mineração, a empresa prevê volumes estáveis”, avalia o BBA.

Editora-assistente
Editora-assistente no Money Times e graduanda em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Entrou para a área de finanças e investimentos em 2021.
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