Sucroenergia

Usinas controlam oferta e estoques, com distribuidoras às compras, e etanol retoma ponto de alta

04 set 2019, 10:50 - atualizado em 04 set 2019, 11:12
Etanol
Usinas controlam vendas de biocombustível já olhando o final da safra de cana no Centro-Sul (Imagem: Paulo Fridman/ Bloomberg)

O preço do etanol hidratado está em vias de recuperar os valores médios da primeira quinzena de agosto, quando transitou nos R$ 2,14 base Ribeirão Preto. Concorre para isso a volta das distribuidoras com mais força às compras enquanto as usinas mais capitalizadas já mantêm um ritmo menor de vendas.

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Dois fatores marcam o cenário de mercado nesta quarta (4), com o litro abrindo os negócios a R$ 2,10, depois de fechar a segunda quinzena do mês passado no nível de R$ 2,07, na avaliação da SCA Trading. As empresas intermediárias entre os produtores e o varejo ficaram 15 dias comprando da “mão para a boca”, no aguardo da definição sobre a tarifa de etanol importado, que temiam fosse zerada totalmente, segundo o CEO Martinho Ono.

A cota livre foi aumentada em 150 milhões de litros, totalizando 750 milhões (acima disso o imposto de importação é de 20%), mas dentro de um patamar confortável para se evitar a concorrência no Centro-Sul.

O segundo fator, também analisado por Ono, é que se de abril a agosto as indústrias venderam entre 1,5 e 1,6 bilhão de litros a mais sobre o mesmo período de 2018, os estoques agora começam a ter que ser administrados, na reta final da safra e uma entressafra pela frente de janeiro a abril.

Desse modo, com demanda de um lado – e consumo acima de 1,8 bilhão/l mensais – e oferta mais regulada na outra ponta, não seria tão improvável o hidratado alcançar os R$ 2,20/l ao final deste mês. “Não podemos cravar, mas no mínimo se garante a média da segunda quinzena de agosto (R$ 2,14)”, diz o CEO da SCA Trading, uma das mais ativas comerciantes de etanol do mercado.

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A fator petróleo, em baixa, revertendo em gasolina mais barata, já não tirava sustentação do consumo do etanol na bomba. Mas mesmo sujeito à volatilidade – até agora (11hs, Brasília), sob alta de 2,76%/US$ 59,87 o barril, devolve perda de ontem após novo twitter de Donald Trump pressionando a China -, dificultando previsões, Martinho Ono pensa que o cru ainda não tira estímulo do etanol. A paridade da gasolina para o biocombustível em São Paulo, entre R$ 1,35/1,40, e até R$ 1,70 em Minas, é vista como amplamente favorável à meta de vendas do hidratado.

A previsão da SCA é de até 32 bilhões/l de etanol (computando também o produzido do milho) para uma moagem de no máximo 580 milhões de toneladas de cana.

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
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