Saúde

Vacina não segura terceira onda se não houver uso de máscara e distanciamento físico, diz Dimas Covas

27 maio 2021, 13:34 - atualizado em 27 maio 2021, 13:34
Dimas Covas
Na avaliação de Covas, a pandemia deve persistir ao longo deste ano e possivelmente até o início de 2022 (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

O presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou nesta quinta-feira à CPI da Covid que as vacinas não teriam conseguido evitar a segunda onda de infecções e nem terão o poder de evitar uma terceira onda se não estiverem combinadas com o uso das chamadas medidas não farmacológicas de proteção, como o uso de máscaras e o distanciamento físico entre pessoas.

A declarações de Covas à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado ocorrem na semana em que o presidente da República, Jair Bolsonaro, e o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello participaram, sem utilizarem máscaras, de manifestação com grande concentração de pessoas, evento citado e criticado por alguns senadores na comissão.

Covas argumentou que a vacina é uma medida de combate à pandemia que ajuda, mas é um processo demorado e pode não impedir a transmissão do vírus, ainda que previna casos graves da doença e mortes.

Na avaliação de Covas, a pandemia deve persistir ao longo deste ano e possivelmente até o início de 2022.

Ele lembrou das novas variantes em circulação.

reuters@moneytimes.com.br