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Vale é a única ação do setor de mineração e siderurgia que merece seu dinheiro, diz Ágora

24 jul 2020, 11:25 - atualizado em 24 jul 2020, 11:25
O Ebitda recorrente estimado para a Vale é de US$ 3,68 bilhões, o que representa uma contração de 17% no comparativo anual (Imagem: Agência Vale)

A Ágora Investimentos possui recomendação de compra apenas para Vale (VALE3) no setor de mineração e siderurgia brasileiro. A companhia deve reportar fortes resultados do segundo trimestre de 2020, embora abaixo do potencial.

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“As vendas de minério de ferro devem melhorar apenas ligeiramente, totalizando aproximadamente 62 milhões de toneladas (-13% ante o segundo trimestre de 2019), impactadas negativamente pela covid-19, trabalhos de manutenção em S11D e prazos de entrega”, afirmam Thiago Lofiego e José Cataldo, autores do relatório divulgado pela corretora. O preço-alvo indicado à ação é de R$ 85.

Os analistas também estimam um Ebitda recorrente de US$ 3,68 bilhões para a empresa, o que representa uma contração de 17% no comparativo anual. As despesas com Brumadinho devem somar US$ 125 milhões, levando o Ebitda ajustado a US$ 3,56 bilhões.

Impacto das siderúrgicas

Para a Ágora, o desempenho trimestral de Usiminas (USIM5), CSN (CSNA3) e Gerdau (GGBR4) será mais fraco.

Com recomendação neutra e preço-alvo de R$ 17, a Gerdau deve mostrar uma resiliência maior, impulsionada pelo setor de construção.

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“Estimamos um Ebitda em aproximadamente R$ 960 milhões, -39% ante o segundo trimestre de 2019. No Brasil, as vendas domésticas de aços longos devem cair cerca de 10%, enquanto os volumes exportados devem aumentar sequencialmente após um primeiro trimestre fraco”, comentam Lofiego e Cataldo.

A Usiminas sairá como a mais prejudicada, mas a alta dos preços do minério de ferro provavelmente aumentará os números da divisão da commodity (Imagem: Reuters/Alexandre Mota)

A Usiminas sairá como a mais prejudicada, mas a alta dos preços do minério de ferro provavelmente aumentará os números da divisão da commodity.

A corretora projeta um recuo de 66% do Ebitda para a companhia, afetado por vendas domésticas de aço mais baixas, preços realizados menores e um custo de caixa maior.

O minério de ferro também será o destaque dos resultados da CSN. A projeção para o Ebitda da companhia é de R$ 1,6 bilhão, queda de 31% na comparação ano a ano. As vendas da divisão siderúrgica cairão 20%.

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A recomendação para o papel da Usiminas é neutra, com preço-alvo de R$ 7,30. Para CSN, recomenda-se venda, com indicação de preço-alvo de R$ 11.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
diana.cheng@moneytimes.com.br
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.