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Vale pode pagar até 15% de dividendos em 2021, calcula BTG Pactual

20 ago 2020, 9:15 - atualizado em 20 ago 2020, 9:16
Vale (VALE3)
Risco: para o BTG, estrutura de capital da Vale pode se tornar ineficiente (Imagem: Linkedin/Vale)

À medida que a Vale (VALE3) vai superando as tragédias de Mariana e Brumadinho, cresce a expectativa do mercado pela retomada da distribuição de dividendos. Segundo o BTG Pactual (BPAC11), se o minério de ferro se mantiver acima de US$ 100 por tonelada, há espaço para que a companhia pague 15% de dividendos no ano que vem.

Segundo Leonardo Correa e Caio Greiner, que assinam o relatório, a Vale se encontra em um dilema. Recentemente, a mineradora anunciou a retomada de sua antiga política de dividendos de distribuir 30% de seu ebitda, menos os investimentos.

Segundo a dupla, se essa diretriz for seguida, a Vale distribuiria 50% de seu fluxo de caixa livre para acionistas.

“Dilema”

“Portanto, o dilema é: se a Vale pagar apenas o mínimo, sua estrutura de capital se tornará ineficiente, à medida que sua dívida líquida tenderia a zero em breve. Por isso, argumentamos que seria prudente calibrar os dividendos extraordinários, com base em sua meta pública de dívida líquida de US$ 10 bilhões”, afirmam os analistas.

O BTG Pactual admite que os analistas não são bons em prever o preço do minério de ferro, mas observam que, se a cotação se estabilizar em US$ 100 por tonelada, a Vale poderia distribuir cerca de 15% de dividendos em dólares. Para o banco, essa possibilidade ainda não foi precificada pela ação.

“Com o minério de ferro a US$ 100 por tonelada, veríamos a Vale gerar mais de US$ 22 bilhões de ebitda e ser negociada abaixo de 3 x ebitda de 2021. Isso faz pouco sentido para nós, e acreditamos que a Vale poderia pagar US$ 9 bilhões para o ano todo”, dizem os analistas.

O BTG reafirmou sua recomendação de compra para os papéis da Vale, com preço-alvo para as ADRs (American Depositary Receipts) da companhia listadas em Nova York (VALE) de US$ 14, com potencial de alta de 20,7% sobre a atual cotação.

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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