BusinessTimes

Vale, Usiminas, Gerdau ou CSN: quem se dará melhor no quarto trimestre?

10 fev 2020, 15:37 - atualizado em 10 fev 2020, 15:37
Vale
Vale: Safra enxerga conjunção favorável para o balanço da mineradora (Imagem: Vale/Janaina Duarte)

A divulgação dos números do quarto trimestre, pela Vale (VALE3), Usiminas (USIM5), Gerdau (GGBR4) e CSN (CSNA3), mostrará resultados mais favoráveis para a mineradora, do que para as siderúrgicas. A avaliação do Banco Safra, em relatório publicado nesta segunda-feira (10).

Assinado pelos analistas Conrado Vegner e Victor Chen, o texto afirma que as siderúrgicas devem ser prejudicadas pela queda sazonal do volume de vendas, que pressiona também os preços, e pela menor fatia de aços especiais sobre o total comercializado.

Já para as mineradoras em geral, o último trimestre de 2019 apresentou uma redução de 13% do preço médio do minério de ferro. O recuo, contudo, foi parcialmente compensado pelo maior volume vendido.

Próximo capítulo

A expectativa, agora, é o tamanho do impacto do coronavírus sobre a economia chinesa. Segundo o Safra, se a epidemia for forte o bastante, é possível que a produção de aço seja interrompida temporariamente, gerando ainda mais pressão sobre as empresas que integram sua cadeia produtiva.

Veja, a seguir, o que o Safra projeta para os resultados da Vale, Gerdau, Usiminas e CSN no quarto trimestre.

Vale

A mineradora deve apresentar números operacionais “estáveis”, de acordo com o banco, que estima que a geração de caixa, medida pelo ebitda, crescerá 0,3% sobre o terceiro trimestre de 2019 e 2,8% sobre o quarto trimestre de 2018.

O preço médio do minério de ferro caiu 13% no último quarto do ano. O recuo, contudo, foi parcialmente compensado pelo custo de frete, menor que o do período de julho e a setembro. O lucro líquido ajustado deve ficar em US$ 2,5 bilhões (cerca de R$ 10 bilhões, pela cotação atual).

Usiminas

A siderúrgica mineira será duplamente prejudicada no quarto trimestre, segundo o Safra. Primeiro, por causa da queda sazonal do volume de vendas. Segundo, pela deterioração do mix de vendas, com menor participação de aços especiais. Com isso, as margens serão mais pressionadas.

Cenário negativo: mix com menor valor agregado deve atrapalhar Usiminas (Imagem: Divulgação/Usiminas)

O Safra calcula que o ebitda da siderúrgica, no quarto trimestre, será 14% menor que o do terceiro, somando R$ 379 milhões. A margem de ebitda deve recuar de 11,5% para 10,1% na mesma comparação.

O banco acrescenta que a Usiminas registrará uma queda de 4% no volume de vendas no Brasil, em relação ao terceiro trimestre.

Gerdau

O Safra espera uma ligeira queda no volume embarcado de aço, em relação ao terceiro trimestre. De qualquer modo, o desempenho na comparação anual ainda será “saudável” – uma alta de 14,5%, segundo o banco.

O problema é que parte desse resultado será corroído pelo aumento dos custos nos Estados Unidos. Assim, o ebitda do quarto trimestre deve ser 10% inferior ao do terceiro trimestre, e quase 5% menor que o do último quarto de 2018. Em números, isso significa R$ 1,3 bilhão.

CSN

O número destacado pelo Safra é o ebitda, estimado em R$ 1,585 bilhão no quarto trimestre. A cifra é 1,3% maior que a do terceiro trimestre, e 1,6% superior ao de um ano antes. O número reflete, ainda, um misto de fatores positivos e negativos.

De um lado, o volume de aço será maior, devido à reativação do alto-forno 3. De outro, a reativação elevará os custos.

A área de mineração da companhia deve contribuir com um maior volume de produção de minério de ferro, bem como com menores custos de frete. Mas essas contribuições serão parcialmente anuladas, segundo o Safra, pela menor cotação do minério e pelo mix de aços menos sofisticado.

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
Linkedin
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
Linkedin
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.