Comprar ou vender?

Vale (VALE3) cai 3% após relatório de produção; veja o que dizem analistas

20 abr 2022, 14:23 - atualizado em 20 abr 2022, 14:23
Vale
Segundo o BB, em metais básicos o desempenho da Vale voltou a desapontar, após a recuperação de volumes no 4T21.(Imagem: Reuters/Washington Alves)

As ações da Vale (VALE3) caem 2,17% por volta das 14h desta quarta-feira (20), a R$ 85,81, no primeiro dia de negociação após a empresa divulgar os números de vendas de minério de ferro no primeiro trimestre deste ano.

Os papéis da companhia chegaram a recuar pouco mais de 3% durante a manhã. Parte dos analistas, no entanto, segue recomendando a compra das ações da Vale.

A empresa recua hoje na bolsa também após queda de 1,37% do minério de ferro no Porto de Qingdaoa nesta quarta, a US$ 141,12. O preço da commodity serve de referência para as receitas da Vale – cujos papéis seguem com as seguintes recomendações:

  • Bradesco BBI: preço-alvo de R$ 135, compra
  • XP Investimentos: preço-alvo de R$ 97,10, compra
  • BB Investimentos: preço-alvo de R$ 99,00, compra.
  • Goldman: US$ 19,5 por ADR, neutro;
  • Bank of America (BofA): US$ 20 por ADR, neutro;
  • Banco Safra: R$ 98, outperform;
  • Genial Investimentos: R$ 115, compra.

Na terça, a Vale informou que a produção de minério de ferro atingiu 63,9 milhões de toneladas métricas no primeiro trimestre de 2022. O montante representa um recuo de 6% em relação à quantidade registrada no mesmo intervalo do ano passado.

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Veja o que dizem os analistas:

Bradesco BBI: Prêmios acima das estimativas

Para o Bradesco BBI, os números de venda de minério de ferro no 1T22 vieram de acordo com as expectativas, enquanto os prêmios ficaram acima da previsão do banco, em US$ 9,0/tonelada (impulsionados pela contribuição do prêmio de pelotização maior do que o esperado).

“Apesar do início mais fraco da produção de minério de ferro em 2022, com chuvas mais fortes do que o normal e algumas questões de licenciamento / produtividade, a Vale reiterou sua orientação de produção de 320-335 mt para 2022”, destaca.

XP: Redução da alavancagem operacional

A XP Investimentos disse ver os resultados como ligeiramente negativos do ponto de vista da produção, pois ficaram abaixo dos números de consenso.

“Uma produção mais baixa reduz a alavancagem operacional da empresa, no entanto, mantém a oferta global de minério de ferro apertada, bem como suporta preços mais altos, bem como prêmios realizados com vendas de pelotas”, pontou.

BB: Metais básicos voltam a decepcionar

Segundo o BB Investimentos, em metais básicos o desempenho da Vale voltou a desapontar, após a recuperação de volumes no 4T21.

A produção de níquel foi de 45,8 kt (-5,4%) enquanto a de cobre ficou em 56,6 kt (-26,0% a/a), refletindo paradas para manutenção programadas mais longas do que o esperado, além de paradas não programadas, entre outros fatores.

Apesar disso, diz, a empresa manteve os guidances de produção em 2022 para ambos os metais, “embora tenha alertado que, no caso do cobre, espera atingir o piso da faixa (330-355 kt)”.

Goldman: Baixa convicção dos investidores

O Goldman Sachs destacou que, em conversas recentes com investidores, notou baixa convicção na tese de investimento da Vale nas atuais condições de mercado.

Por um lado, espera-se que o discurso pró-crescimento da China e os recentes estímulos anunciados resultem em uma melhor demanda por commodities em apoio ao aço e minério de ferro, diz o banco.

No entanto, pontua, os dados do setor imobiliário da China (mais importantes para a demanda de aço e minério de ferro) têm sido muito fracos e constantemente decepcionantes.

“Além disso, os investidores estão preocupados com o declínio da demanda estrutural de aço e minério de ferro na China devido à contínua desalavancagem do setor imobiliário”, diz.

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Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.