Vale (VALE3) cai no após relatório de produção, mas parte dos analistas vê ações descontadas; Nvidia (NVDA) vira foco na guerra comercial
O relatório de produção da Vale (VALE3) no primeiro trimestre de 2025 (1T25) mostrou uma queda de 4% na produção de minério de ferro. As ações da empresa operam em queda no Ibovespa (IBOV), mas para analistas, o momento pode representar oportunidade.
No Giro do Mercado desta quarta-feira (16), a jornalista Paula Comassetto convidou Renan Dantas, editor-assistente do Money Times, para comentar sobre os números apresentados pela Vale.
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De acordo com Dantas, a redução na produção já era esperada, mas outro dado chamou atenção. “A queda era esperada porque choveu mais em Minas Gerais, pausando a produção na região. Entretanto, a Vale vendeu mais e está vendendo com maior qualidade”, afirmou.
Segundo o jornalista, parte dos analistas do mercado acreditam que o objetivo da empresa é exportar minérios de maior qualidade, por preços mais caros. A reorganização visa proteger a empresa da desaceleração do mercado chinês, que deve consumir menos minério de ferro.
Dantas ainda afirmou que nenhuma casa de análise alterou a recomendação por conta do relatório e a maior parte mantém uma visão positiva, de que a ação está descontada. Oito de dez analistas observados pelo Money Times recomendam compra das ações.
“Os analistas comparam o preço da ação, comparam a média histórica com o que a empresa pode entregar de lucro, de geração de caixa e dividendos e consideram um bom risco-retorno. A ação está barata e vai continuar lucrando”, disse Dantas.
Guerra comercial segue impactando mercados
No cenário internacional, a guerra comercial entre Estados Unidos e China parece estar longe do fim. Nesta quarta (16), Donald Trump voltou a elevar tarifas para o país asiático para 245%.
Além da tarifação, os EUA anunciaram o bloqueio das vendas de um dos principais chips de inteligência artificial (IA) da Nvidia (Nasdaq:NVDA) para os chineses. As ações da empresa reagiram negativamente à medida, caindo mais de 5% em Nova York.
Na semana passada, a China disse que ignoraria novos aumentos tarifários realizados pelos EUA, porque já tornaram o comércio inviável entre as nações. Nos dados macroeconômicos do país, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) foi a 5,4% no 1T25, acima do esperado pelo mercado.
Comassetto ainda comentou sobre as expectativas para a entrevista de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve e o desempenho dos mercados internacionais. Para acompanhar o programa na íntegra, acesse o canal do Money Times no youtube.
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