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Vale (VALE3) contrata Goldman Sachs para avaliar futuro de unidade de metais; veja o que está na mesa

21 nov 2022, 11:51 - atualizado em 21 nov 2022, 11:51
Vale
Vale busca soluções para destravar valor do segmento de metais básicos (Imagem: Reuters/Washington Alves)

A Vale (VALE3) contratou o Goldman Sachs para avaliar a melhor alternativa para a sua unidade de metais básicos, segundo informações divulgados na coluna do Lauro Jardim, d’O Globo. A notícia não foi oficialmente confirmada pela empresa.

As possibilidades para o futuro da operação de metais, que engloba níquel e cobre, vão desde a venda da unidade, a procura de um sócio e até um spin-off.

No fim de setembro, o conselho de administração da Vale aprovou a reorganização da unidade de negócios com o objetivo de “centralizar as operações de metais básicos no Brasil em duas sociedades, trazendo maior eficiência nos processos e na gestão”.

Em outubro, a Vale confirmou que contratou assessores, após circular notícias sobre uma potencial negociação para venda de participação em seus negócios de metais básicos.

Eduardo Bartolomeo, CEO da Vale, chegou a dizer, também no mês passado, que a companhia não descartou uma cisão de curto prazo de seus negócios de metais básicos, além de uma eventual listagem pública.

Em teleconferência com analistas, Bartolomeo disse que está sobre a mesa a possibilidade de atrair parceiros para a unidade como forma de destravar valor, dada a expectativa de aumento de demanda por produtos como níquel e cobre no futuro.

Principal catalisador

A Ativa Investimentos tem uma leitura positiva sobre a contratação de um grande banco de investimento para avaliar a melhor saída para o segmento de metais básicos da Vale.

A corretora acredita que a contratação é mais um passo importante para definir o futuro da divisão, que atualmente se sobressai como “um dos principais catalisadores para os papéis da companhia a médio prazo”.

Níquel
Busca por um sócio parece “um movimento correto pela empresa, uma vez que a colocaria sob menor escrutínio do mercado”, diz Ativa (Imagem: REUTERS/Yusuf Ahmad)

Em comentário sobre uma potencial venda de participação de metais básicos quando os rumores começaram a se espalhar no mercado, a Ativa afirma que a busca por um sócio parece “um movimento correto pela empresa, uma vez que a colocaria sob menor escrutínio do mercado que opções como um IPO (oferta pública inicial de ações) da divisão”.

Para o Bank of America (BofA), uma potencial venda de participação não só destravaria valor para a Vale, como também abriria caminho para acordos offtake futuros caso a fatia seja vendida para uma montadora – particularmente para a Classe 1 de níquel (60-70% dos volumes).

A Ajax Capital ressalta, que, embora a divisão de metais básicos da Vale seja pequena (expectativa de 15% do Ebitda consolidado em 2023), a Vale parece estar buscando saídas para destravar valor no segmento.

“A Vale segue bem posicionada, acompanhando reforma estrutural do mercado. Espera-se ainda que a Vale deve expandir estratégias de maior eficiência de custos e expansão de operações a essas divisões”, acrescenta.

Comprar ações da Vale?

Ao atualizar as estimativas para o setor de mineração e siderurgia, o Itaú BBA optou por seguir mais cauteloso com as ações da Vale.

Analistas da instituição mantiveram a recomendação de “market perform” (desempenho esperado em linha com a média do mercado), com preço-alvo de US$ 16 para o ADR (American Depositary Receipt) da mineradora (VALE) ao fim de 2023.

Na avaliação do BBA, a Vale fechou o gap de valuation em relação aos pares. Os múltiplos parecem justos, afirma o time de análise, com o EV/Ebitda (valor da empresa sobre Ebitda) da companhia implicando um desconto de aproximadamente 17% para as mineradoras australianas, bem menor que os descontos de 35-40% vistos após Brumadinho.

Para completar, o BBA projeta uma geração de caixa menor para a Vale, o que pode limitar a remuneração a acionistas.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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