Vale (VALE3) recua mais de 2% na Bolsa e puxa empresas do setor; o que faz a ação cair?

As ações da Vale (VALE3) caem 2,67% nesta terça-feira (15) e figuram entre as principais perdas do Ibovespa, pressionando o índice, que titubeia e opera no patamar dos 135 mil pontos.
A queda ocorre mesmo com o minério de ferro em alta de 0,13%, na bolsa de Dalian, na China.
A queda da mineradora, que tem peso superior a 10% na carteira teórica do índice, ocorre após os Estados Unidos anunciarem novas tarifas comerciais contra diversos países.
A União Europeia já respondeu com uma segunda lista de retaliações, que pode atingir US$ 84 bilhões em produtos americanos, como aviões da Boeing, carros e bebidas alcoólicas.
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Além da preocupação com escalada das tensões comerciais, o mercado reage à desaceleração da economia chinesa no segundo trimestre deste ano.
O Produto Interno Bruto (PIB) da China cresceu 5,2% em relação ao mesmo período do ano anterior, abaixo dos 5,4% registrados no primeiro trimestre, segundo dados divulgados pelo Departamento Nacional de Estatísticas (NBS).
Vale destacar que a China é o maior parceiro comercial do Brasil no setor de mineração e metais. Com isso, o cenário acende o sinal de alerta para a demanda global por minério de ferro e aço, o que penaliza todo o setor metálico.
Confira as principais quedas por volta das 16h (horário de Brasília).
- Vale ON (VALE3): R$ 53,88 (-2,67%)
- Bradespar PN (BRAP4): R$ 16,07 (-2,31%)
- CSN ON (CSNA3): R$ 8,09 (-1,34%)
- CSN Mineração ON (CMIN3): R$ 5,05 (-1,17%)
- Gerdau PN (GGBR4): R$ 16,52 (-0,78%)
- Metalúrgica Gerdau PN (GOAU4): R$ 9,21 (-1,18%)
“Hoje era um dia em que tudo jogava a favor da Vale, mas o fluxo venceu. Nem sempre a notícia explica o movimento. Tem dia que é mais fluxo do que fundamento”, disse o estrategista-chefe da RB Investimentos, Gustavo Cruz, durante a sua participação no Giro do Mercado.
Para ele, a mineradora está certa ao buscar diversificação além do minério de ferro.
“A Vale está cada vez mais posicionada na agenda de eletrificação de veículos e transição energética. Ela não é mais só minério de ferro, e isso é positivo para o médio e longo prazo”, avalia.