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Vale (VALE3) divulga produção e vendas do 3T23 nesta terça (17); saiba o que esperar

16 out 2023, 20:10 - atualizado em 16 out 2023, 20:10
Mina da Vale em Sudbury, Canadá
Vale deve mostrar recuperação nos resultados do terceiro trimestre (Imagem: REUTERS/Julie Gordon)

A Vale (VALE3) divulga nesta terça-feira (17), após o fechamento do mercado, os dados de produção e vendas do terceiro trimestre. A expectativa dos analistas é de balanço com melhora sequencial nos números, incluindo no volume de minério de ferro produzido pela companhia, em função do ramp-up guiado pelo efeito sazonal, segundo a Genial Investimentos.

“É importante ter em mente que os terceiros trimestres são tipicamente os trimestres mais favoráveis para a produção da Vale, considerando que, durante os segundos trimestres, ainda persiste a estação chuvosa em Carajás (PA), o que costuma oferecer uma barreira para aumento de volume, enquanto em Minas Gerais (MG) as chuvas acabam se concentrando principalmente nos primeiros trimestres”, levanta a corretora.

Na comparação anual, espera-se um leve recuo, considerando a base de comparação difícil de ser superada. Para as vendas, no entanto, as projeções indicam melhora “substancial” em comparação com o segundo trimestre e uma alta de dígito único ano a ano.

Produção e vendas em números

O time de análise da Genial acredita que a Vale reportará uma produção de 88,9 milhões de toneladas de minério de ferro no terceiro trimestre, avanço sequencial de 13% e queda anual de 0,8%.

O trimestre deve aproximar a companhia da banda superior de seu guidance para 2023, de 310-320 milhões de toneladas, diz a corretora.

“Na hipótese das nossas estimativas para o terceiro trimestre de 2023 se provarem assertivas, a Vale passaria a necessitar de uma produção de 75,5 milhões de toneladas no quarto trimestre de 23 para atingir 310 milhões de toneladas no ano, que corresponde à parte inferior do intervalo. Esse patamar seria o equivalente a um número 6,6% menor do que o registrado no quarto trimestre de 2022, fazendo o feito de atingir a parte de baixo do guidance parecer algo fácil para esse ano”, avalia.

A Genial lembra que, em 2022, a Vale não conseguiu entregar a produção do guidance, tendo concluído o ano com 308 milhões de toneladas, ante expectativa de 310 milhões de toneladas.

Da unidade de metais básicos, a corretora projeta uma produção de 43 mil toneladas para o níquel e 90,1 mil toneladas para o cobre.

Para as vendas de finos de minério de ferro, analistas esperam que a Vale entregue 67,1 milhões de toneladas, o que representaria um crescimento anual de 2,6%. Em relação a pelotas, as estimativas estão em 9,36 milhões de toneladas.

Dentro de metais básicos, cobre deve ter um crescimento tanto trimestral quanto anual nas vendas, com volume esperado de 84,4 mil toneladas.

Destaque positivo da temporada

Analistas do mercado apostam na Vale como um dos destaques positivos em mineração e siderurgia nessa nova temporada de resultados.

A Genial acredita que o terceiro trimestre está inclinado para uma recuperação com o impulso de dois principais fatores. Além da sazonalidade, a resiliência dos preços do minério de ferro mesmo em meio a um cenário desafiador na China deve se traduzir em bons números pela empresa.

Citando os mesmos fatores, a XP Investimentos acredita que Vale e CSN Mineração (CMIN3) devem entregar uma “sólida melhoria” de Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) no terceiro trimestre.

Já o BTG Pactual avalia que o terceiro trimestre será o primeiro “de muitos que virão” que vão retratar um cenário mais favorável para as mineradoras.

O banco segue preferindo o minério de ferro em detrimento do aço, uma vez que acredita que a China continuará com uma produção relevante de aço, o que derrubará os preços globais da liga metálica enquanto ajuda a manter o minério de ferro em níveis “muito saudáveis”.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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