Comprar ou vender?

Vale (VALE3) entrega resultado, mas ações não param de cair; oportunidade ou cilada?

30 jan 2024, 14:47 - atualizado em 30 jan 2024, 14:47
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Vale entrega bons números no quarto trimestre, mas ações engatam novo pregão de perdas (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

A Vale (VALE3) engata nova sequência de quedas nesta terça-feira (30), tendo no radar o recuo nos preços do minério de ferro, ruídos da política envolvendo o nome da companhia e a divulgação do relatório de produção e vendas do quarto trimestre de 2023.

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Por volta das 14h30, as ações da Vale perdiam 1,14%, a R$ 68,38, mesmo com a boa recepção dos números operacionais pelos analistas.

A Vale atingiu uma produção de minério de ferro de 89,4 milhões de toneladas, avanço sequencial de 3,7% e anual de 10,6%.

Ainda, a mineradora conseguiu atingir o guidance proposto para o ano cheio de 2023, com a produção de minério de ferro totalizando montante total de 321,1 milhões de toneladas, ante projeções de ~315 milhões de toneladas.

Fernando Ferrer, analista da Empiricus Research, avalia que os dados apontam uma sinalização positiva de que a operação da Vale continua resiliente e crescendo.

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Além disso, com melhorias apresentadas no trimestre, as preocupações com a produção em Carajás diminuíram, acrescenta.

Após a divulgação do relatório, o BTG Pactual está razoavelmente confiante com sua estimativa de Ebitda de US$ 6,5 bilhões para o quarto trimestre de 2023.

“Acreditamos que ainda não está precificado pelo mercado, potencialmente devido aos ruídos recentes”, afirma o banco. Além da cobrança de R$ 25,7 bilhões do governo federal por uma outorga de concessão da Estada de Ferro Carajás e Vitória Minas, o mercado tem no radar a reunião extraordinária do conselho de administração a ser realizada nos próximos dias que definirá o nome do novo CEO, com o ex-ministro Guido Mantega já descartado dentre as possibilidades.

Sobre esses ruídos, o BTG adota uma visão mais otimista, pois acredita que a governança corporativa da Vale vai se provar confiável.

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Vale agrada com divisão de metais básicos

Outro destaque do relatório divulgado pela Vale ontem à noite é o desempenho da unidade de metais básicos.

A ala de cobre surpreendeu positivamente, com o total de embarques totalizando 97,5 mil toneladas, alta de 36% ano a ano e 15% acima das expectativas, destaca o BTG.

A produção de cobre disparou, a 99,1 mil toneladas, beneficiada pelo ramp-up bem-sucedido da Salobo III.

Do lado do níquel, embora a performance de produção tenha sido mais fraca no comparativo anual, veio em linha com o guidance, aponta a Empiricus.

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“Essa trajetória de produção menor no ano já era evidente e esperada pelo mercado em função dos ajustes que estão sendo realizados nas principais minas de níquel”, diz Ferrer.

A equipe de análise da XP Investimentos projeta melhora para o segmento, refletindo volumes e preços acima do esperado – embora o níquel ainda deva seguir como destaque negativo.

VALE3 é oportunidade de compra?

A Vale acumula uma queda de mais de 10% na bolsa em 2024. Enquanto as ações teimam em engatar um movimento de recuperação, analistas parecem enxergar uma janela de oportunidade de compra no momento atual.

Com exceção de XP, que é neutra com Vale, as instituições citadas apresentam a melhor classificação para o nome.

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O BTG antecipa um ambiente operacional melhor para a companhia em 2023, visto que o mercado de minério de ferro deve passar por mais um ano de déficit e contínuas revisões altistas.

“Estamos agora mais confiantes de que a mínima operacional da companhia ficou para trás, e produção/embarques e performance de custos deve continuar melhorando”, afirma.

A Vale ainda é um dos nomes favoritos da casa para se expor à reaceleração da economia chinesa. Analistas também projetam retornos de caixa de 12-13% para 2023/24, incluindo programa de recompra de ações.

Na Empiricus, a Vale está presente em algumas carteiras.

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E o Goldman Sachs, em relatório de repercussão dos números de produção e vendas de 2023, lista cinco motivos para ser comprador do papel:

  • mercado equilibrado do minério de ferro para 2024;
  • momentum operacional positivo;
  • exposição relativamente baixa do investidor;
  • valuation atrativo (a ação é uma das mais baratas entre os grandes nomes do setor); e
  • expectativa de manutenção dos estímulos por parte do governo chinês.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
diana.cheng@moneytimes.com.br
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