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Vale (VALE3): Escolha de presidente segue indefinida (e está pesando sobre as ações)

07 mar 2024, 19:56 - atualizado em 07 mar 2024, 19:56
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Vale teve recentemente a ação rebaixada pelo BTG Pactual (Imagem: REUTERS/Pilar Olivares)

O futuro da gestão da Vale (VALE3) segue sem definição. O conselho de administração da mineradora ainda não tomou uma decisão sobre renovar ou não o mandato do seu atual CEO, Eduardo Bartolomeo, mostra nota divulgada nesta quinta-feira (7).

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A Vale afirmou que o colegiado está conduzindo “de forma diligente” as discussões envolvendo o cargo de presidente da empresa, “cumprindo com rigor o Estatuto Social e as políticas corporativas aplicáveis”. A nota divulgada hoje à tarde esclarece notícias que mencionam a eventual sucessão na presidência com apoio de consultoria externa.

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Recentemente, circularam na imprensa que Walter Schalka, de saída da Suzano (SUZB3), estaria sendo sondado para poder assumir o comando da Vale. O Valor Econômico apurou que o executivo estaria sendo considerado à posição, caso o conselho opte pela abertura de um processo competitivo, com a nomeação de três nomes para a sucessão.

Schalka permanecerá na presidência da Suzano até dia 1º de julho deste ano. O conselho de administração da empresa de papel e celulose consignou que Schalka será oportunamente indicado para a eleição do conselho de administração.

Ele também será eleito ou reeleito na primeira reunião do conselho de administração a ser realizada após a assembleia geral ordinária para integrar os seguintes comitês de assessoramento ao conselho de administração: Estratégia e Inovação; Sustentabilidade; Gestão e Finanças; e Comitê de Pessoas.

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A reportagem do Valor levantou que outro possível nome, além de Schalka, para o processo competitivo é Luís Guimarães, da Cosan (CSAN3).

Riscos do lado micro e um “rebaixamento tardio” de VALE3

Até então construtivo com a Vale, o BTG Pactual rebaixou nesta semana a recomendação para os papéis da companhia a “neutro”, de olho na “deterioração acentuada” do cenário para a tese.

Na opinião do banco, os riscos do lado micro, incluindo a incerteza sobre a recondução de Bartolomeo ao cargo de CEO, aumentaram recentemente e têm pressionado a geração de fluxo de caixa e o potencial de dividendos da mineradora. Os analistas acreditam que esses riscos não foram totalmente precificados pelo mercado.

“Existe uma clara divisão entre os membros do conselho sobre a direção futura da empresa, o que acreditamos ser preocupante para uma empresa com tantos desafios pela frente”, afirmam Leonardo Correa, Caio Greiner e Bruno Lima, da equipe de análise do BTG, em relatório publicado na terça-feira (5).

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Os analistas entendem que, desta vez, o minério de ferro não é o culpado. Além disso, com o nível que a Vale deve consumir de caixa para atender as provisões para Samarco e Brumadinho, cria-se um debate sobre a empresa estar realmente barata.

“Calculamos rendimentos de fluxo de caixa (cashflow yield, pós-provisões) de 9-10%, o que acreditamos não ser (alto) suficiente para compensar todos esses riscos”, comenta a instituição.

O BTG vê a Vale negociando perto de 4,3 vezes o Ebitda para 2024, desconto de 15-20% em relação aos pares australianos e que parece justificado, considerando o maior risco político e o nível de redução do fluxo de caixa.

Segundo o banco, a ação parece agora mais uma “armadilha de valor” do que uma oportunidade atraente.

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“Em suma, há melhor valor em outras partes da indústria de mineração global e outras histórias nacionais com uma geração de caixa muito melhor (rendimentos de dividendos projetados para 2024 em 10% ou mais”, completa.

Além da nova recomendação neutra, o banco reduziu o preço-alvo de VALE3, de R$ 96 anteriormente a R$ 77.

Em relatório de atualização do setor de mineração e siderurgia, a Ativa Investimentos, também mencionando riscos de sucessão presidencial e novos provisionamentos, reforçou a postura neutra em relação à Vale. Tais riscos vêm impedindo maiores voos do papel, diz.

Procurada pelo Money Times, a empresa não se manifestou até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto para posicionamento.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
diana.cheng@moneytimes.com.br
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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