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Vale (VALE3) estima provisão de US$ 500 milhões por rompimento em Mariana, após decisão da Justiça inglesa

14 nov 2025, 8:15 - atualizado em 14 nov 2025, 8:15
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(Imagem: REUTERS/Pilar Olivares)

A Vale (VALE3) informou ao mercado que a Alta Corte da Inglaterra considerou a BHP responsável pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana–MG, operada pela Samarco (joint venture entre Vale e BHP) em 2015. A mineradora estima uma provisão adicional de aproximadamente US$ 500 milhões em suas demonstrações financeiras de 2025 para cumprir com obrigações.

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A decisão impacta a mineradora porque, em julho de 2024, as companhias firmaram um acordo confidencial que estabeleceu responsabilidade compartilhada igualmente por qualquer valor que a BHP (no processo inglês) ou a Vale (no processo holandês) seja condenada a pagar.

De acordo com o fato relevante, divulgado nesta sexta-feira (14), a decisão também confirmou a validade das renúncias e termos de quitação assinados por reclamantes já indenizados no Brasil, o que reduzirá o número de reclamantes e o valor das demandas.

“Vale e BHP permanecem confiantes de que o Acordo Definitivo, assinado em outubro de 2024 no Brasil, oferece os mecanismos mais rápidos e eficazes para compensar os impactados”, diz o documento.

Em outubro de 2024, as envolvidas firmaram um acordo abrangente de US$ 32 bilhões (R$ 170 bilhões) com autoridades brasileiras para a quitação integral das principais ações no Brasil relacionadas ao rompimento da barragem.

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O que acontece agora?

A Vale afirma que a decisão de primeira está sujeita a eventual recurso da BHP. Um segundo julgamento, para determinar se a BHP causou os prejuízos alegados e questões genéricas sobre ao valor desses prejuízos, está atualmente previsto para começar em outubro de 2026 e seguir até o segundo trimestre de 2027.

“Após decisões e recursos dessa fase, o valor das perdas sofridas e eventuais indenizações devidas a cada reclamante poderá ser objeto de um terceiro julgamento oportunamente”, diz a mineradora.

A Vale estima uma provisão adicional de aproximadamente US$ 500 milhões em suas demonstrações financeiras de 31 de dezembro de 2025 para obrigações decorrentes do rompimento da barragem de Fundão.

Segundo o comunicado, em 30 de setembro de 2025, a companhia já havia reconhecido uma provisão de US$ 2,401 bilhões para obrigações sob o Acordo Definitivo no Brasil. A companhia afirma que os desembolsos futuros relacionados ao Acordo Definitivo permanecem alinhados aos valores divulgados no relatório de resultados do terceiro trimestre de 2025.

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas, com foco em varejo e setor aéreo.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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