Vale (VALE3): Itaú BBA prevê 3T25 ‘sólido’ com preços mais altos

A Vale (VALE3) deve apresentar desempenho sólido no 3T25, sustentado por preços realizados de minério de ferro mais altos, volumes mais fortes e menores custos operacionais, disse o Itaú BBA.
O banco projeta que a mineradora aumentará suas receitas líquidas para US$ 10,27 bilhões, alta anual de 7,5%, e que o Ebtida proforma subirá para US$ 4,25 bilhões, avanço de 12,6%. Já o lucro líquido cairá para US$ 1,99 bilhão, recuo de 17,5%.
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Os analistas da instituição esperam que no 4T25 os resultados da Vale possam melhorar com volumes de vendas sazonalmente mais elevados e possivelmente preços do minério de ferro ainda maiores.
O Itaú BBA também destaca que a CSN Mineração (CMIN3) deve se beneficiar de preços de referência do minério de ferro mais altos e, agora, de impactos positivos do mecanismo de precificação, que havia prejudicado os resultados no 2T25.
O banco ressalta que, dado o elevado interesse vendido na ação, um trimestre sólido pode gerar um short squeeze. O banco espera lucro de R$ 813 milhões, alta de 82,2%.
No setor de metais preciosos, o Itaú BBA diz que a Aura Minerals (AURA33) será favorecida por preços mais altos do ouro e aumento nos volumes, com expectativa de melhoria contínua no Ebitda acompanhando a valorização do metal. A projeção é de lucro de US$ 24 milhões.
Entre os produtores de papel e embalagens, o Itaú BBA aponta que a Irani (RANI3) deve se destacar, apoiada por melhor sazonalidade, estratégia de valor sobre volume e menores custos.
O banco acredita que a Irani continuará como referência no setor, com novas melhorias no Ebitda, a R$ 140 milhões. Para o lucro a projeção é de R$ 65 milhões, alta de 72,8%.
Pontos fracos
O Itaú BBA disse que espera que os resultados da Suzano (SUZB3) sejam impactados por preços mais baixos da celulose e pelo fortalecimento do real, o que mais do que compensaria os menores custos. A projeção é de lucro de R$ 2,7 bilhões.
Para o banco, os resultados podem continuar a se deteriorar no 4T25, já que volumes menores de celulose (impactados por paradas de manutenção) e o real mais forte podem mais do que compensar novas reduções de custos.
Para a CBA (CBAV3), o Itaú BBA espera melhora no desempenho das divisões de energia e alumínio, embora a partir de uma base fraca. No futuro, a atenção permanece voltada para a conclusão das manutenções nos tanques de alumina e novas melhorias de custo. A projeção, no entanto, é de prejuízo de R$ 9 milhões.
O Itaú BBA espera que a Gerdau (GGBR4) apresente melhorias na América do Norte compensando a queda no Brasil. No futuro, o foco permanece em equilibrar o efeito positivo dos preços do aço nos EUA com a sazonalidade mais fraca na região no 4T25, disse. O banco projeta lucro de R$ 999 milhões, queda de 26,4%.