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Vale (VALE3): Itaú BBA vê capex menor como ponto positivo de evento em Londres

02 dez 2025, 13:06 - atualizado em 02 dez 2025, 13:06
vale ações
(Imagem: Reuters/Washington Alves)

O Itaú BBA avaliou como “levemente positivo” o conjunto de informações divulgadas pela Vale (VALE3) no Vale Day desta terça-feira (2), em Londres — o primeiro evento anual já com a nova diretoria completa da mineradora.

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Segundo o banco, a atualização das projeções reforça o foco da gestão na disciplina de capital, com cortes na previsão de capex tanto para 2026 quanto para os anos seguintes.

Para 2026, a Vale agora estima investir entre US$ 5,4 bilhões e US$ 5,7 bilhões — bem abaixo dos US$ 6,5 bilhões previstos anteriormente e também abaixo da estimativa oficial do banco.

O capex de crescimento foi reduzido quase pela metade, para US$ 1,1 bilhão, enquanto o capex de manutenção ficou em US$ 4,5 bilhões.

Para 2027 em diante, a Vale projeta capex abaixo de US$ 6 bilhões ao ano, em linha com o que o Itaú BBA já tinha em seu modelo.

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A Vale também reduziu sua meta de produção de minério de ferro para 2026, agora entre 335 milhões e 345 milhões de toneladas, abaixo da faixa anterior de 340 milhões a 360 milhões. Para o Itaú BBA, esse número fica levemente abaixo também da sua própria projeção.

O custo C1 projetado para 2026 (US$ 20 a 21,5 por tonelada) veio acima da estimativa do banco, embora o custo all-in permaneça praticamente estável, entre US$ 52 e 56 por tonelada — alinhado ao que a mineradora já previa anteriormente. A meta de produção para 2030 foi mantida em 360 milhões de toneladas.

Metais básicos: metas mantidas e alívio nos custos

No segmento de metais básicos, o Itaú BBA destaca que as metas de produção ficaram amplamente em linha com o esperado. Para 2026, a Vale projeta entre 350 mil e 380 mil toneladas de cobre, enquanto a meta de níquel ficou entre 175 mil e 200 mil toneladas — levemente abaixo da faixa anterior, mas ainda acima da estimativa oficial do banco.

Já os custos chamaram atenção positivamente. A Vale agora espera custos all-in de cobre entre US$ 1.000 e 1.500 por tonelada em 2026, patamar muito inferior à guidance anterior. No níquel, a previsão caiu para US$ 12.000 a 13.000 por tonelada.

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Segundo o Itaú BBA, essas reduções refletem maior receita com subprodutos, embora o banco ressalte que boa parte desse efeito já estava incorporada em suas projeções.

Mesmo que parte dessas revisões já fosse esperada, o banco acredita que o mercado poderia reagir bem ao perfil mais “enxuto” da nova guidance. Por volta de 12h30, as ações da mineradora subiam 0,2%, a R$ 68,02.

Nos nove primeiros meses do ano, a Vale registrou lucro líquido de US$ 6,2 bilhões. No último dia 27, a companhia anunciou o pagamento de R$ 15,3 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio. 

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Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em mercado financeiro. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
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