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Vale (VALE3) lucra US$ 928 milhões no 2T23

27 jul 2023, 19:46 - atualizado em 27 jul 2023, 20:21
Vale, ação
Vale tem tombo no lucro líquido do segundo trimestre de 2023 (Imagem: Reuters/Washington Alves)

O lucro líquido das operações continuadas da Vale (VALE3) totalizou US$ 928 milhões no segundo trimestre de 2023, tombo de 77,6% sobre o mesmo período do ano passado, mostra relatório divulgado nesta quinta-feira (27).

O resultado veio bem abaixo das estimativas do consenso do mercado, que apostava em ganhos de US$ 2,20 bilhões, de acordo com o levantamento da Bloomberg.

O lucro do segundo trimestre também veio 50,5% menor em relação ao primeiro trimestre do ano, já sazonalmente mais fraco em função do aumento de volume de chuvas.

Enquanto isso, o lucro líquido das operações continuadas atribuído a acionistas somou US$ 892 milhões entre abril e junho deste ano.

A baixa teve como efeito principal tributos que recaíram sobre os lucros da companhia, segundo o relatório. Além do “tributo corrente”, no valor de US$ 404 milhões, houve a baixa de US$ 1,38 bilhão em “tributo diferido”.

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Produção e vendas

No segundo trimestre do ano, a Vale produziu 78,7 milhões de toneladas métricas de minério de ferro, avanço de 17,9% em relação ao primeiro trimestre e alta de 6,3% sobre o mesmo período de 2022. As informações já haviam sido antecipadas no relatório da semana passada.

A Vale manteve o guidance de produção de minério de ferro para 2023 em 310-320 milhões de toneladas.

As vendas de finos e pelotas de minério de ferro aumentaram 1% no comparativo anual, apoiadas pela recuperação da produtividade do Terminal Ponta da Madeira entre os meses de abril e junho, após restrições de carregamento causadas pelas fortes chuvas no início do ano.

Em metais básicos, a produção de cobre da companhia apontou salto de 41% ano a ano no segundo trimestre. Já o níquel avançou 7,9% no comparativo anual, mas recuou 10% sobre o primeiro trimestre do ano.

As vendas de cobre subiram 17,7% trimestre a trimestre e 43,3% ano a ano. No caso do níquel, houve leve alta de 0,5% e 2,5% em comparação com o primeiro trimestre e com o ano passado, respectivamente.

Receita líquida e Ebitda

A receita líquida de vendas da Vale atingiu US$ 9,67 bilhões no segundo trimestre do ano, baixa de 13,3% sobre o mesmo período de 2022. Em relação ao primeiro trimestre de 2023, no entanto, a linha cresceu quase 15%.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado das operações continuadas totalizou US$ 3,87 bilhões, ante saldo positivo de US$ 5,25 bilhões entre abril e junho do ano passado e US$ 3,57 bilhões de janeiro a março de 2023. A margem Ebitda das operações continuadas atingiu 40%, abaixo de 47% um ano antes e 42% do primeiro trimestre.

De acordo com a Vale, a queda do Ebitda no comparativo anual é explicada por menores preços realizados de finos de minério de ferro e níquel.

Atualização de projeções

A companhia atualizou suas estimativas de custo all-in para 0 ano de 2023, com custo caixa C1 do minério de ferro, excluindo compras de terceiros, projetado de US$ 21,50-22,50/tonelada.

A estimativa para o custo all-in do minério de ferro, incluindo impacto potencial de fatores externos, como a redução dos prêmios pagos por produtos de alta qualidade, levando os prêmios all-in da Vale para cerca de US$ 4/tonelada (vs. cerca de US$ 8/tonelada anteriormente), e mudanças na taxa de câmbio média, passou a ser de US$ 52-54/tonelada.

Enquanto isso, o custo all-in atualizado para o níquel é de US$ 15.500-16.000/tonelada.

Confira o relatório completo a seguir:

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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