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Vale (VALE3): O que esperar do relatório de produção e vendas no 3T25, segundo analistas

21 out 2025, 7:00 - atualizado em 20 out 2025, 18:52
Vale
(Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

A Vale (VALE3) divulga seu relatório de produção e vendas do terceiro trimestre de 2025 nesta terça-feira (21), após o fechamento do mercado. Segundo analistas que acompanham a mineradora, o resultado deve ser positivo, com melhora nas margens e retorno dos prêmios para o território positivo.

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A Genial Investimentos projeta produção de 93,9 milhões de toneladas de minério de ferro, alta de 12,4% em relação ao trimestre anterior e de 3,3% na comparação anual. O resultado deve ser impulsionado por condições climáticas mais favoráveis e estabilidade operacional nos sistemas Sudeste e Norte.

Os embarques devem alcançar 72,3 milhões de toneladas, o que representa avanço de 6,9% em relação ao segundo trimestre e de 4,3% frente ao mesmo período do ano passado, refletindo a normalização logística e a redução da diferença entre volumes produzidos e vendidos.

O preço realizado dos finos de minério de ferro deve subir para US$ 94,70 por tonelada, um aumento de 11,3% em relação ao trimestre anterior e de 4,5% em 12 meses. O desempenho deve refletir a recuperação da curva de referência do minério com teor de 62% de ferro, que teve média de US$ 102 por tonelada no trimestre, além da volta dos prêmios ao campo positivo, estimados em +US$ 0,9 por tonelada, após dois trimestres consecutivos de deságio.

O resultado deve corroborar a tese de que a empresa apresentará um balanço robusto do terceiro trimestre, que será divulgado no dia 30, após o fechamento do mercado.

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De acordo com a XP Investimentos, a mineradora deve registrar receita de US$ 10,2 bilhões, o que representa alta de 7% em relação ao mesmo período do ano passado. O Ebitda total da Vale deve alcançar US$ 4,2 bilhões, alta de 11%, com margem de 41,3%, ganho de 1 ponto percentual.

Vale por segmento

No segmento de pelotas, a produção deve atingir 9,1 milhões de toneladas, alta de 15,5% na comparação trimestral e queda de 12,5% frente ao mesmo período de 2024, segundo a Genial.

As vendas devem somar 8,9 milhões de toneladas, com crescimento de 18,6% em relação ao segundo trimestre, mas recuo de 12,5% em um ano.

Apesar do ganho sequencial, a base anual reflete uma postura mais disciplinada de oferta, diante de prêmios contratuais menores e da demanda enfraquecida fora da China — especialmente nos mercados europeu e japonês. O preço médio realizado das pelotas deve recuar para US$ 129 por tonelada, uma queda de 3,7% em relação ao trimestre anterior e de 12,9% em relação ao ano anterior.

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Nos metais básicos, a produção de níquel deve permanecer praticamente estável, totalizando 41 mil toneladas, um aumento de 2,5% na comparação trimestral e queda de 11,9% na comparação anual. As margens, no entanto, continuam pressionadas por custos mais elevados e pelo excesso de oferta global, principalmente proveniente da Indonésia, disse a Genial.

Já o cobre deve registrar 90 mil toneladas produzidas, uma redução de 2,7% em relação ao trimestre anterior, mas crescimento de 5% em relação ao mesmo período de 2024. O desempenho é sustentado por estabilidade operacional e pela leve recuperação dos preços internacionais do metal.

No caminho para entregar o prometido

O analista da Empiricus Research Ruy Hungria avaliou recentemente que a Vale está a caminho de conseguir entregar u aumento de produção anual de 30 milhões de toneladas, prometido para os próximos anos.

Aumento que, segundo o CEO Gustavo Pimenta, deve recolocar a Vale no posto de maior produtora de minério de ferro do mundo, o que também ajudará no processo de diluição de custos – segundo ele, o custo caixa C1 deve convergir para baixo de US$ 20/tonelada (ante US$ 21,8/ton em 2024).

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“Para conseguir maximizar o valor de seu portfólio, é preciso entregar a qualidade de produto desejada pelo cliente. Para isso, atualmente a Vale possui plantas de blendagem, que ajustam o produto de acordo com as condições de mercado”, explica o analista da Empiricus.

As condições de mercado não são as melhores, com siderúrgicas pressionadas, desaceleração da China e perspectivas pouco animadoras para a demanda de minério de ferro, disse o analista. “Por outro lado, Vale segue entregando diversas melhorias (volume, custos, licenças, etc.) e negocia com valuation bastante atrativo, de 3,5x Ebitda”, afirma Hungria.

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Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em mercado financeiro. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
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Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em mercado financeiro. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
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