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Vale (VALE3): O risco que o investidor não pode ignorar, segundo Goldman Sachs

17 set 2023, 15:00 - atualizado em 15 set 2023, 16:17
Vale
Os analistas enxergam risco relacionado com o potencial corte na produção de aço na China. (Imagem: Reuters/Washington Alves)

A Vale (VALE3) disparou nas últimas semanas e diminuiu o tombo que acumula no ano. Para o Goldman Sachs, o sentimento do investidor se tornou mais positivo em relação à empresa à medida que o minério de ferro salta.

“O consumo e os preços do minério de ferro na China foram uma surpresa positiva, com os preços do minério de ferro apenas 6% abaixo dos máximos recentes”, lembram os analistas Marcio Farid, Gabriel Simões e Henrique Marques.

Porém, isso não foi suficiente para alterar a recomendação do banco, que continua neutro no papel. Os analistas enxergam risco relacionado com o potencial corte na produção de aço na China.

“Com base nas estimativas da equipe de materiais básicos do Goldman Sachs China, se a produção de 2023 permanecer estável em relação a 2022, conforme planejado pelo governo, a produção de aço do quarto trimestre teria que cair 15-20% em relação ao 1T-3T23”, colocam.

Eles calculam que isso implicaria um impacto significativo na demanda de minério de ferro de pelo menos 40 milhões de toneladas em um curto período de tempo.

A equipe de pesquisa também observa que os dados da demanda interna de aço da China permaneceram com claros sinais de contração (queda de pouco mais de 4% no acumulado do ano).

“Permanecemos com classificação neutra, pois vemos a Vale precificando o minério de ferro em US$ 107 a tonelada, mas reconhecemos o risco de alta para o preço das ações se o minério de ferro continuar a surpreender e permanecer resiliente em níveis elevados”, colocam.

Na última sexta, os contratos futuros de minério de ferro subiram, com o índice de referência de Cingapura a caminho de seu maior ganho semanal desde junho, impulsionados pela iniciativa da China de reforçar os esforços de estímulos econômicos mesmo com a produção de aço do país encolhendo em agosto.

Com informações da Reuters

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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