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Vale (VALE3): Por que a empresa começa a semana desabando em NY

25 abr 2022, 8:23 - atualizado em 25 abr 2022, 8:26
Vale
Índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, caiu 4,94% no dia. (Imagem: Reuters/Washington Alves)

As ADRs da Vale (VALE) em Nova York chegaram a desabar pouco mais de 5% na pré-abertura do mercado desta segunda-feira (25), indicando uma perspectiva negativa para as ações da companhia negociadas na B3 (VALE3).

Por volta das 8h10 (horário de Brasília), os recibos de ações da mineradora recuavam 4,1%, a R$ US$ 16, depois de na sexta (22) terem caído 5,3%. O movimento dos papéis segue tendo a mesma razão: a forte baixa do minério de ferro na China.

Nesta segunda, os contratos futuros da commodity em Dalian desabaram 7,90%, a US$ 138,90 a tonelada, devido às preocupações com o surto de Covid-19 na China e temores em relação às restrições adotadas na capital, Pequim.

O mercado acionário do país todo registrou um forte recuo hoje. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, caiu 4,94% no dia, enquanto o índice de Xangai teve queda de 5,13%.

Ambos os índices apagaram os ganhos feitos desde a promessa feita em 16 de março pelo vice-premiê, Liu He, de sustentar a economia e os mercados financeiros.

As ações de Hong Kong tiveram a maior perda em seis semanas. O índice Hang Seng index caiu 3,73%, enquanto o China Enterprises Index perdeu 4,1%.

O iuan também caiu para mínima de um ano contra o dólar, ampliando as perdas depois de registrar a pior semana desde 2015. A piora do cenário de crescimento econômico provocou preocupações entre investidores de que a moeda pode enfraquecer ainda mais.

Vale e a baixa convicção dos investidores

Goldman Sachs destacou, em relatório recente, que em conversas recentes com investidores notou baixa convicção na tese de investimento da Vale nas atuais condições de mercado.

Por um lado, espera-se que o discurso pró-crescimento da China e os recentes estímulos anunciados resultem em uma melhor demanda por commodities em apoio ao aço e minério de ferro, diz o banco.

No entanto, pontua, os dados do setor imobiliário da China (mais importantes para a demanda de aço e minério de ferro) têm sido muito fracos e constantemente decepcionantes.

“Além disso, os investidores estão preocupados com o declínio da demanda estrutural de aço e minério de ferro na China devido à contínua desalavancagem do setor imobiliário”, diz.

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*Com informações da Reuters

Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
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