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Vale (VALE3): Por que o BB Investimentos vê espaço para mais retorno aos acionistas

25 set 2025, 12:44 - atualizado em 25 set 2025, 12:44
Vale
(Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

O BB Investimentos elevou o preço-alvo da Vale (VALE3) para R$ 68,00 no final de 2026, ante R$ 65,00, e manteve a recomendação de compra, incorporando ao modelo os resultados do primeiro semestre de 2025, as estimativas mais recentes da companhia e premissas setoriais e macroeconômicas atuais.

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Para a instituição, a disciplina operacional, a redução de capex e um cenário mais favorável para o minério de ferro no segundo semestre reforçam a atratividade da tese de investimento da Vale no médio e longo prazo.

O banco afirmou, em relatório assinado por Mary Silva, que a Vale apresentou evolução operacional relevante no primeiro semestre, sustentada por um ritmo sólido de produção e pela redução de custos em todos os produtos. Esse desempenho garantiu a manutenção das margens mesmo com preços médios mais baixos, disse.

Mais espaço para retorno ao acionista da Vale?

Segundo a instituição, a companhia avança no plano de investimentos dentro do cronograma e mantém disciplina financeira. O BB Investimentos projeta redução gradual da dívida líquida expandida no segundo semestre, o que pode abrir espaço para maiores retornos de caixa aos acionistas. A mineradora também revisou o capex de 2025 para baixo, de US$ 5,9 bilhões para US$ 5,4–5,7 bilhões, reflexo da otimização dos projetos.

O BB Investimentos avaliou como positivo o foco da Vale em maximizar o valor do portfólio, estratégia detalhada no Analyst & Investor Tour 2025. A companhia busca se posicionar na transição siderúrgica para rotas mais limpas, como gás natural e hidrogênio, mas continua explorando ganhos no mercado tradicional de alto-fornos, que ainda representa 70% da produção global e 90% da capacidade na China.

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Nesse contexto, a instituição destacou o lançamento de dois produtos de teor intermediário, o Carajás Teor Médio e o Pellet Feed China. O primeiro, com teor de 63%, não exige blends, recebe prêmio em relação ao minério de referência e já atrai clientes na Europa e na Índia. O segundo, com teor entre 62% e 63%, transforma minério de alta sílica, antes sujeito a descontos, em produto de maior valor agregado.

O BB Investimentos projetou vendas de 24 milhões de toneladas do PFC em 2025, praticamente o dobro do ano anterior.

A análise também ressaltou o ajuste nas especificações do IOCJ, minério premium de Carajás com 65% de teor de ferro. A mudança preserva a precificação, mas dá mais flexibilidade ao plano de lavra do Sistema Norte.

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Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em mercado financeiro. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em mercado financeiro. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.