Vamos (VAMO3) salta mais de 5%: O que está por trás da alta?

As ações da Vamos (VAMO3) ganharam força no início da tarde desta sexta-feira (30) e passaram a liderar a ponta positiva do Ibovespa (IBOV) — apesar do sentimento de aversão a risco dos investidores.
VAMO3 encerrou com alta 4,63%, a R$ 4,97. Na máxima do dia, os papéis atingiram alta de 5,05% (R$ 4,99). Acompanhe o Tempo Real.
Com o avanço, os papéis zeraram as perdas do mês. Sem notícias relevantes sobre a companhia, a Vamos é beneficiada pelas expectativa de safra recorde de grãos — que pode resultar em melhores negociações para a empresa — e após o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre desde ano puxado pelo agronegócio, com destaque para a produção de milho e soja.
Segundo projeções recentes, a Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) espera que a produção de grãos no país na safra 2024/25 tende a registrar um aumento de 35,4 milhões de toneladas sobre o ciclo anterior, e deve chegar a 332,9 milhões de toneladas. O volume, se confirmado, configura um novo recorde para a série histórica.
É hora de comprar VAMO3?
Em relatório divulgado nesta sexta-feira (30), o Itaú BBA afirmou que tem observado um crescente interesse em Vamos, à medida que os investidores começam a atualizar seus modelos e a avaliar as estimativas de lucros para 2026.
“Vamos e Randon lideraram o aumento no interesse a curto prazo em maio. Acreditamos que o maior interesse a curto prazo em Vamos pode ser explicado por algumas preocupações dos investidores em relação à sua alavancagem e incertezas de curto prazo”, diz o relatório assinado pelo analista Daniel Gasparete.
Outro motivo para esse movimento, apontado pelo banco, é o desempenho fraco das ações no acumulado do ano até agora. VAMO3 tem valorização de apenas 3%, atrás dos pares do setor de transportes. Marcopolo (POMO4), por exemplo, sobe 9%.
O Itaú BBA tem recomendação de compra para VAMO3, com preço-alvo de R$ 11,00 — o que representa um potencial de valorização de 131,6% sobre o preço de fechamento da última quinta-feira (29). A classificação, de acordo com o banco, é justificada pelo potencial movimento de alta nas estimativas de consenso para 2025 e 2026 e o crescente interesse de investidores do lado da compra.