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Varejo: Por que Magalu (MGLU3) e Mercado Livre (MELI34) estão entre as mais bem posicionadas para o Natal e 2026?

18 dez 2025, 7:00 - atualizado em 17 dez 2025, 13:08
Magazine Luiza, MGLU3, CPFL Energia, CPFE3, Mercados, Day Trade
Ações do Alpargatas também são recomendação de venda no day trade desta segunda-feira (Imagem: Germano Lüders/Wikimedia Commons)

Em um ano com taxa básica de juros (Selic) elevada, o varejo se destaca como um dos setores que mais sofre com os impactos. No entanto, nomes como Mercado Livre (MELI34) e Magazine Luiza (MGLU3) têm boas perspectivas para 2026, começando com o potencial para capturar o momento do Natal.

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Na avaliação de Enrico Gazola, economista e sócio-fundador da Nero Consultoria, em 2025 o desempenho das ações do setor foi marcado por uma forte dispersão.

“Do lado positivo, empresas que conseguiram mostrar capacidade de adaptação ao ambiente de juros elevados e avançaram em eficiência operacional e estratégias digitais foram melhor recebidas pelo mercado”, pondera.

Gazola destaca os momentos de recuperação do Magalu ao longo do ano, impulsionada por iniciativas de integração de marketplaces, racionalização de custos e sinalizações de melhora gradual na execução do e-commerce.

Já nomes com modelos mais robustos, como plataformas digitais e ecossistemas de marketplace, continuaram se destacando, como é o caso do Mercado Livre, que continua com crescimento consistente apoiado em logística, serviços financeiros e escala.

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Quem deve se beneficiar do Natal?

A sazonalidade de fim de ano é tipicamente positiva para o varejo, com a junção de Black Friday e Natal.

Na visão do economista, as varejistas que combinam escala, eficiência logística e presença forte no digital, são as mais bem posicionadas para aproveitar a data do Natal, já que o consumidor segue mais sensível a preço, prazo e conveniência.

“Nesse contexto, o Mercado Livre aparece como o player estruturalmente mais bem preparado para capturar a demanda natalina, especialmente pela capilaridade logística, velocidade de entrega e pelo ecossistema integrado de pagamentos e crédito, que tende a ganhar relevância em datas promocionais”.

O Magazine Luiza divide o destaque, principalmente por ter ajustado estoques, intensificado campanhas promocionais e fortalecido sua estratégia ominicanal, o que permite capturar tanto o fluxo online quanto o físico em um período de alto giro.

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As ações para se posicionar no varejo

Para 2026, a ordem é priorizar empresas que entreguem uma combinação de escala, capacidade de execução e adaptação ao ambiente competitivo, na visão de Enrico Gazola.

Para o economista, o Magazine Luiza aparece como um nome interessante pelo potencial de recuperação cíclica, caso os juros comecem a cair, aliado ao fortalecimento do ecossistema digital e à disciplina maior na gestão.

“Americanas, embora ainda carregue riscos relevantes, pode representar uma tese assimétrica de recuperação, desde que consiga avançar de forma consistente na reestruturação operacional e financeira”, pondera

Por fim, Mercado Livre segue como referência estrutural para o setor, sendo apontada como uma das empresas mais bem posicionadas para capturar crescimento de consumo na América Latina.

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“Não é um call de setor amplo, e sim de seleção de ativos. Companhias com balanços mais saudáveis, boa gestão de capital de giro, menor dependência de crédito caro e modelos de negócio adaptados ao digital tendem a capturar melhor uma eventual melhora do ciclo”.

Por outro lado, Gazola alerta que empresas excessivamente alavancadas ou com estruturas de custo rígidas seguem mais vulneráveis.

2026 para o varejo

O BB Investimentos espera um certo reaquecimento da atividade econômica em 2026, especialmente após o início do ciclo de corte da Selic esperado para o primeiro trimestre do próximo ano, mesmo que com efeito tardio.

Com isso, a dos analistas é de que, durante o ano, haja manutenção da taxa de desocupação em patamares baixos e avanço na renda das famílias, apesar de um ritmo ainda em queda na concessão do crédito durante boa parte do ano.

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“Porém, é importante mencionar que outros fatores podem impactar negativamente o consumo: a inadimplência e o alto endividamento dos brasileiros, que permanecem em patamares elevados e comprometem o orçamento familiar. Outro ponto que continua merecendo atenção é a participação das apostas on-line no destino dos recursos dos brasileiros, mesmo após o aumento da regulamentação da atividade”, ponderam os analistas.

Nesse cenário, as varejistas devem se de um contexto um pouco mais favorável ao consumo no próximo ano, porém com alguma ressalva em termos de restrição orçamentária familiar.

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas, com foco em varejo e setor aéreo.
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