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Varejo: Comissão no Senado aprova venda de medicamentos; o que isso significa para RD Saúde (RADL3) e Assaí (ASAI3)?

18 set 2025, 16:26 - atualizado em 18 set 2025, 16:26
rd saúde assaí
Remédio poderá ser vendido em supermercados, após aprovação no Senado (Imagem: Pillar Pedreira/Agência Senado)

A Comissão de Assuntos Sociais do Senado aprovou na quarta-feira (17) a venda de medicamentos em supermercados. Na avaliação da XP Investimentos, a decisão não causa movimentos disruptivos para o setor farmacêutico, embora abra uma opção para o varejo alimentar.

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Neste sentido, a equipe de analistas liderada por Danniela Eiger até vê um provável aumento da concorrência entre farmácias, no entanto, não espera nenhuma disrupção significativa, já que a escala deve ser limitada, tendo em vista que Assaí (ASAI3) tem cerca de 250 lojas contra cerca de 3,5 mil da RD Saúde (RADL3).

Nessa equação, os nomes independentes do setor devem estar mais expostos a esse risco do que as grandes redes farmacêuticas.

“Para o varejo alimentar, a aprovação oferece uma opção para incluir medicamentos no sortimento das lojas e potencialmente melhorar a produtividade das unidades”, avalia a XP.

Para os analistas, o Assaí se destaca como o player mais ativo em torno dessa alavanca de crescimento, com um projeto-piloto pronto para ser implementado assim que o projeto for aprovado em todas as instâncias.

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Como vai funcionar

O texto aprovado pelo Senado permite a instalação de uma farmácia localizada antes do caixa, contanto que esteja fisicamente separada das demais seções e tenha a presença um farmacêutico licenciado ao longo de todo o período de funcionamento.

Existem ainda regras específicas voltadas para medicamentos controlados, que devem ser pagos antes de serem entregues ao consumidor final ou transportados em embalagens lacradas até a área do caixa.

Há proibição para a venda de medicamentos em prateleiras, ou balcões, fora da área designada para a farmácia e as vendas por plataformas digitais são permitidas exclusivamente para entrega, mediante o cumprimento de todas as normas sanitárias,

E ainda tem o Mercado Livre

Com o segmento farmacêutico em foco, no início deste mês, o Mercado Livre (MELI34) chamou a atenção do mercado com a confirmação de que está adquirindo a farmácia “Target”, sinalizando o olhar da gigante do e-commerce para o setor.

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O negócio já está registrado junto ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas, com foco em varejo e setor aéreo.
lorena.matos@moneytimes.com.br
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas, com foco em varejo e setor aéreo.