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Vasta vira a nova dor de cabeça da Cogna

16 maio 2021, 14:00 - atualizado em 16 maio 2021, 12:42
Estreia da Vasta, controlada pela Cogna, na Nasdaq em 31 de julho de 2020
IPO badalado: Vasta captou US$ 405,8 milhões na Nasdaq em outubro (Imagem: LinkedIn/ Cogna)

Antes apontada como um ponto de resistência contra os fortes impactos econômicos da pandemia de coronavírus, a Vasta (VSTA) é a nova dor de cabeça da Cogna (COGN3). A avaliação é da XP Investimentos, em relatório assinado por Vitor Pini sobre os resultados do primeiro trimestre.

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“A Cogna iniciou 2021 divulgando mais um trimestre negativo, mas desta vez o impacto veio da Vasta (B2B de Educação Básica) com uma queda de 30% na receita A/A e 59% no ebitda”, afirma o analista.

Listada na Nasdaq desde outubro do ano passado, a Vasta encerrou março com 1,8 milhão de alunos – um crescimento 15% acima do mesmo período do ano passado. “No entanto, o ticket médio abaixo do esperado levou a uma queda da receita líquida de 30% A/A, ou 4% abaixo de nossas estimativas”, explica a XP.

Outro ponto preocupante, segundo a gestora, é o ebitda ajustado de R$ 62 milhões da controlada da Cogna. A cifra ficou 27% abaixo das estimativas da XP e, mais importante, 59% menor que a de 12 meses antes.

Impacto na Cogna

Pini observa que a queda foi “resultado da menor receita combinada com maiores despesas operacionais e de marketing.” Além disso, a margem ebitda ajustada recuou 15 pontos percentuais sobre o primeiro trimestre de 2020, para 22%. O número é 7 pontos menor que o estimado pela XP.

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Como não poderia deixar de ser, o mau desempenho da Vasta prejudicou os resultados de sua controladora, a Cogna. A plataforma de ensino à distância contribuiu para a queda de 22% da receita líquida consolidada do grupo educacional, que fechou março em R$ 1,4 bilhão.

O ebitda ajustado da Cogna também sofreu, recuando de R$ 440 milhões para R$ 366 milhões no período comparado. Segundo a XP, o problema é que “45% do ebitda se refere a itens não recorrentes que devem ser monitorados.”

Por tudo isso, a gestora reforçou sua recomendação neutra para os papéis da Cogna, com preço-alvo de R$ 5,1 por papel. O valor proposto embute uma alta potencial de 28% sobre os R$ 3,98 com que fechou esta sexta-feira (14).

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Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
marcio.juliboni@moneytimes.com.br
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.