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Veja onde está o boi mais barato. Dica: os negócios são diferentes e consumo per capita é o maior

26 ago 2022, 11:39 - atualizado em 26 ago 2022, 18:53
Boi Carnes Agronegócio Agropecuária
Boi de origem europeia é clássico dos pastos gaúchos (Imagem: Unsplash/@nighthawkshoots)

Se for comparado com o Sudeste e Centro-Oeste, o mercado bovino do Rio Grande do Sul nem parece o Brasil. Com todas as diferenças de mercado, o boi derrete mais ainda.

As relações de negócios são diferentes, sem peso dos grandes frigoríficos, os cortes também são diversos, o animal também é outro, mas o consumo per capita é um dos maiores do Brasil independente desses tempos de vacas magras. São cerca de 30 a 35 kgs/ano, contra 25 kg da média brasileira.

Apesar de tudo, o boi gaúcho hoje tem a @ mais barata do Brasil em peso vivo.

Convertido o preço do kg local (R$ 10,45) – lá também o peso-R$ é outro – por @ (15 kgs), o produtor recebe R$ 156,75.

A média de São Paulo, por exemplo, está em R$ 285, sob pressão de uma entressafra gorda e consumo ruim.

A situação da tradicional pecuária gaúcha sai de um inverno chuvoso carregando muita oferta de pastos e com boa parte dos produtores tendo que tirar o gado para entrar com a soja logo mais, inclusive já em boa parte da metade Sul do estado onde as lavouras disputam cada vez mais as famosas pastagens pampeanas.

“Nos últimos dias caiu até R$ 2 o kg”, informa o Dartagnan Soares Carvalho, presidente do Nucleo Pampeano dos Criadores de Hereford/Bradford, raças taurinas (de origem europeia), que domina a cena no estado, enquanto de São Paulo para cima prevalecem as zebuínas, como o nelore.

Como no resto do País, a situação do comércio ajuda a deixar mais achatado o valor do boi, em um mercado no qual predomina os pequenos e micros abatedouros, de alcance apenas regional, mais para merchants que frigoríficos.

Grande, lá, só o Marfrig (MRFG3), ainda assim de alcance limitado.

 

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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