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Veja os setores que mais surpreenderam na temporada de resultados do 4º trimestre

08 abr 2021, 17:20 - atualizado em 08 abr 2021, 22:12
Priner B3
As companhias estão reportando resultados que mostram a continuidade da trajetória de recuperação, iniciada no terceiro trimestre, afirmou a XP Investimentos (Imagem: LinkedIn/Priner Serviços Industriais)

A temporada de resultados do quarto trimestre do ano passado acabou, e a percepção dos analistas da XP Investimentos é de que as empresas conseguiram surpreender de maneira positiva. Em relação aos números projetados pela corretora, mais da metade dos balanços (55%) veio acima das expectativas. Outros 33% ficaram em linha com as estimativas.

Segundo a XP, os dados sugerem que as companhias estão reportando resultados que mostram a continuidade da trajetória de recuperação, iniciada no terceiro trimestre e impulsionada pela retomada gradual da economia, bem como pelos incentivos fiscais e monetários.

Outros fatores que contribuíram para uma boa safra de resultados foram a retomada dos investidores estrangeiros à Bolsa e o boom das ofertas públicas iniciais (IPOs, na sigla em inglês) e ofertas subsequentes de ações (follow-ons), reforçando o caixa das empresas.

Destaques

A Vale foi um dos grandes destaques do setor de mineração e siderurgia na temporada de resultados do quarto trimestre (Imagem: Agência Vale)

Um dos grandes destaques da temporada foi o setor de mineração e siderurgia. Todas as empresas apresentaram números que superaram as expectativas da XP, que chamou atenção para o desempenho da Vale (VALE3) e da Aura Minerals (AURA33). As mineradoras e siderúrgicas foram beneficiadas principalmente pelo aumento do preço do minério de ferro.

Apesar da alta do preço do petróleo, a Petrobras (PETR4) divulgou resultados em linha com as projeções dos analistas e abaixo das estimativas do consenso de mercado.

Priner (PRNR3) e Mills (MILS3), do setor industrial, também registraram bons números. Elas se beneficiaram do afrouxamento das medidas de restrição. As manutenções, que foram postergadas no primeiro semestre de 2020 e são fundamentais para conter a deterioração das plantas industriais, voltaram a ser realizadas no período.

Pão de Açúcar PCAR3
No varejo alimentício, o consumo em casa continuou impulsionando as vendas dos principais nomes do setor (Imagem: Money Times/Gustavo Kahil)

Outro setor que apresentou um conjunto positivo de resultados foi o de alimentos, em especial as empresas de proteína animal, como BRF (BRFS3). No varejo alimentício, o consumo em casa continuou impulsionando as vendas dos principais nomes do setor (Carrefour Brasil [CRFB3] e Pão de Açúcar [PCAR3]). A recuperação do consumo fora de casa também ajudou o atacarejo (Assaí [ASAI3]) e a cervejaria Ambev (ABEV3).

Os varejistas B2W (BTOW3), Lojas Americanas (LAME4) e Magazine Luiza (MGLU3), que têm forte exposição ao e-commerce, mostraram números fortes no quarto trimestre.

No setor imobiliário, os shopping centers viram suas operações se recuperarem com a flexibilização da quarentena, enquanto as construtoras e incorporadoras, principalmente do segmento de baixa renda, seguiram aquecidas.

As companhias de saúde também foram impactadas de maneira positiva com a redução das restrições de mobilidade.

O setor financeiro apresentou resultados em linha com o esperado, ainda fracos se comparados aos números do quarto trimestre de 2019, mas melhores no comparativo trimestral. O Bradesco (BBDC4) foi o destaque positivo, tendo reportado lucro 23% acima do consenso.

As elétricas e as empresas de saneamento tiveram resultados mistos, ainda impactados pelo coronavírus.

O setor de educação foi outro que se destacou pelo lado negativo. Além de um trimestre sazonalmente mais fraco, as empresas continuaram sentindo os efeitos da pandemia. A Ânima Educação (ANIM3), com crescimento na receita líquida e forte desempenho da margem bruta, apresentou o melhor balanço entre as companhias do segmento.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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