Política

Veja vídeo em que Bolsonaro se diz chateado com Tarcísio; ‘quem era? Não queria ser candidato’

06 jul 2023, 15:22 - atualizado em 06 jul 2023, 15:22

Em um vídeo de quase 22 minutos publicado pelo deputado Bibo Nunes (PL-RS) em sua conta no Instagram com o discurso do ex-presidente, Jair Bolsonaro admitiu ter ficado “chateado” com a posição do governador de São Paulo em apoio à reforma tributária.

“Ontem (quarta), sim, muita gente ficou chateada com Tarcísio, até eu, mas vamos conversar, conversei com ele”, disse Bolsonaro, que é presidente de honra do PL. Nesse momento da reunião, segundo uma fonte, Tarcísio já não estava mais na sede do partido e tinha ido para uma reunião com o presidente da Câmara.

O ex-presidente sugeriu aos presentes que poderia buscar atrasar a votação para tentar incluir no corpo da proposta às mudanças propostas pelo PL, e não buscar fazê-las por meio de destaques.

Em outro momento, Bolsonaro citou uma série de políticos que venceram eleições passadas no embalo da sua força política, como os ex-ministros e agora senadores Rogério Marinho (PL-RN) e Jorge Seif (PL-SC). Mencionou também o caso do ex-ministro e atual governador paulista.

“Quem era o Tarcísio? O Tarcísio não queria ser candidato”, disse ele, citando que foi ele quem o convenceu.

Em sua fala, Bolsonaro também procurou atrelar a votação da reforma à outra pauta de interesse do governo Lula, o projeto que muda as regras de funcionamento do Carf para recriar o voto de qualidade a favor da Receita Federal em caso de empates nas decisões do colegiado.

Uma mudança legislativa feita na gestão passada acabou com o chamado voto de qualidade, o que indiretamente beneficiou as empresas nas disputas contra a União.

Bolsonaro, que nos últimos dias fez uma série de postagens em redes sociais contra a reforma, disse aos partidários que não se pode achar que a legenda está recuando em relação ao texto apresentado.

“Se não tivermos uma proposta que faça justiça e diminua a carga tributária, nossa tendência é votar contra”, afirmou. Segundo o ex-presidente, se a proposta interessar ao Brasil, a legenda será favorável. “Se o partido votar unido, não passa”, sentenciou.