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Venda da rede móvel da Oi deve ser concluída no dia 20

14 abr 2022, 8:26 - atualizado em 14 abr 2022, 10:04
Oi
A venda das redes móveis da Oi para a aliança das rivais TIM, Vivo e Claro será selada na próxima quarta-feira, 20 (Imagem: Money Times/Renan Dantas)

A venda das redes móveis da Oi (OIBR3) para a aliança das rivais TIM (TIMS3), Vivo (VIVT3) e Claro será selada na próxima quarta-feira, 20, conforme anunciaram nesta quarta, 13, as empresas – após concluírem os preparativos para o fechamento do negócio, de R$ 16,5 bilhões. A Oi destinará R$ 12 bilhões desse montante para pagar credores.

Ao todo, foram 16 meses para concluir o processo. O leilão para venda do ativo ocorreu em dezembro de 2020, e só recebeu a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) em fevereiro de 2022. A partir daí, as equipes de advogados e consultores financeiros das teles se debruçaram para validar as condições acertadas anteriormente.

Essa checagem aconteceu dentro do prazo estimado antes pelas empresas e não causou alteração significativa nos termos finais do negócio, afirmaram ao Estadão/Broadcast duas fontes diretamente envolvidas na negociação.

Dívida

A Oi poderá, finalmente, receber o dinheiro da alienação das suas redes móveis, o que permitirá à companhia reduzir a sua dívida bilionária e se aproximar do fim da recuperação judicial – o que está previsto para acontecer até maio.

Do valor total da venda, R$ 15,75 bilhões se referem à própria rede móvel, sendo que 90% serão pagos no dia 20 de abril e os 10% restantes vão para uma conta vinculada para pagamento de ajustes (se houver). Os outros R$ 750 milhões a serem pagos à Oi são decorrentes de um contrato de prestação de serviços durante a fase de transição das redes e migração dos clientes.

A operadora começou ontem a oferta pública para a compra de todos os títulos de dívidas (notes) com vencimento em 2026, no valor de US$ 880 milhões (cerca de R$ 4,1 bilhões).

A Oi entrou em recuperação judicial em 2016, após acumular R$ 65 bilhões em dívidas com 55 mil credores. A tele conseguiu aprovar um plano de recuperação, que mais tarde foi ampliado, incluindo vendas de ativos, descontos nos pagamentos a credores e prorrogação de prazos. No seu último balanço, a dívida bruta caiu para R$ 34 bilhões.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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