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Venda esta elétrica, recomenda Itaú; ‘dividendos só serão fortes em 2025’, projeta

11 jan 2023, 16:35 - atualizado em 11 jan 2023, 16:48
AES Brasil
Na visão da corretora, o curto prazo será desafiador para a empresa, dada sua alavancagem, alta taxa Selic e baixos preços de energia (Imagem: Divulgação)

O Itaú BBA rebaixou a recomendação da AES Brasil (AESB3) de compra para venda com preço-alvo de R$ 9,2, mostra relatório enviado ao mercado nesta semana.

De acordo com a corretora, a empresa é a mais sensível às mudanças nos preços de energia e no GSF (Generation Scaling Factor, ou fator de ajuste de garantia física, que na prática determina o quanto cada usina vai receber).

Na visão da corretora, o curto prazo será desafiador para a empresa, dada sua alavancagem, alta taxa Selic e baixos preços de energia, prejudicando seus resultados.

“Projetamos baixos pagamentos de dividendos para 2023 e 2024, mas esperamos que o fluxo de caixa melhore substancialmente a partir de 2025, com o início dos projetos em construção”, prevê.

Resultados da AES mais fracos

Para o BBA, considerando os resultados reportados abaixo do esperado e a estratégia comercial adotada pela empresa no ano passado, que vem prejudicando o seu desempenho, “temos uma estimativa de Ebitda muito menor para 2023”.

“Quanto ao médio e longo prazo (2024 em diante) , temos uma estimativa de Ebitda maior (vs. nosso modelo anterior) dado o impacto dos projetos recentemente adquiridos/anunciados”, completa.

Dividendos decepcionaram em 2022

A pedido do Money Times, o analista-chefe da VG Research, Luan Alves, listou os papéis que decepcionaram em 2022 e AES estava na lista, com rendimento de 1,10%.

“Não vemos fortes distribuições de dividendos em 2023”, completa.

No terceiro trimestre, a AES comprou a totalidade das ações representativas do capital social das sociedades de propósito específico (SPEs) que compõem o Complexo Eólico Ventos do Araripe, Caetés e Cassino.

Apesar de seguir investindo em novas fontes, o diretor de RI da AES, José Ricardo Elbel garante que os dividendos não serão prejudicados. Atualmente, a política de proventos prevê o pagamento de 50% a 100% do lucro.