Vendas de café no varejo do Brasil caem 5,13% no 1º quadrimestre em meio à alta no preço

(Imagem: Mapa)

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As vendas de café no varejo do Brasil, segundo consumidor global da bebida, caíram 5,13% no primeiro quadrimestre em relação ao mesmo período de 2024, para 4,75 milhões de sacas de 60 kg equivalentes, em meio a preços mais altos, apontou nesta quinta-feira um relatório da Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic).

Segundo a associação, a queda nas vendas no período foi acentuada em março, quando houve recuo de 4,87% na comparação anual, e depois em abril, com baixa de 15,96% em relação ao mesmo mês do ano passado, quando o volume de vendas foi forte.

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Com frustrações de safra de café no Brasil e em países como o Vietnã, os preços dos grãos arábica na bolsa de Nova York dispararam para níveis recordes de cerca de US$4,40/libra-peso em fevereiro deste ano, resultando em repasses pela indústria aos consumidores.

O café moído acumulou inflação de 80,2% nos 12 meses encerrados em abril, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Mais recentemente, a cotação na bolsa de Nova York cedeu para um nível de US$3,60/libra-peso, em meio a informações de que a safra de 2025 do Brasil, o maior produtor e exportador global, não seria tão ruim quanto o antecipado.

Consultorias privadas, empresas e órgãos oficiais se dividem entre expectativas de uma leve queda e um leve aumento na produção brasileira em 2025 em comparação com 2024. A colheita está apenas em seu início, com produtores tendo colhido menos de 10% do total esperado até a semana passada.

Preço por categoria

Na classificação por estilos/categorias, o quilo do café Tradicional/Extraforte foi cotado a R$65,50 em média em abril, alta de 85,08% em relação ao mesmo período do ano passado.

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Na comparação com março, a alta foi de cerca de R$5 por quilo, segundo dados da Abic.

O café superior vendido no varejo registrou um aumento na comparação anual de 42,38%, para R$80,56 o quilo, com alta de mais de R$3 em relação a março.

Já o café solúvel teve um avanço de quase 50% em relação a abril do ano passado, para R$223,75 o quilo.