Comprar ou vender?

Vendas de papelão disparam e mostram resiliência do setor; Klabin deve se beneficiar, dizem analistas

14 out 2020, 20:32 - atualizado em 15 out 2020, 13:41
Klabin
A Klabin, uma das principais empresas beneficiadas pelo aumento da demanda, possui 18% da participação de mercado da venda de caixas de papelão (Imagem: Klabin/Digulgação)

A Associação Brasileira dos Produtores de Papelão Ondulado (ABPO) trouxe boas notícias para o setor de papel e celulose: as vendas de papelão ondulado em setembro dispararam 15,8% no ano e 1,5% em relação a agosto. É o quarto mês seguido de alta.

Para a XP Investimentos, em relatório enviado nesta quarta-feira (14), os dados seguem reforçando a resiliência do setor frente à pandemia.

“Vemos os resultados favoráveis paras as ações de Irani (RANI3) e Klabin (KLBN11)”, disse o analista Yuri Pereira.

A visão é reforçada pela Ágora, que vê na demanda aquecida uma oportunidade para elevar os preços no curto prazo.

“Nossas fontes apontaram para a possibilidade de um aumento de 3 a 5% no preço da caixa de papelão ondulado”, afirmam os analistas Thiago Lofiego e Luiza Mussi.

A Klabin, uma das principais empresas beneficiadas pelo aumento segundo a dupla, possui 18% da participação de mercado na venda de caixas de papelão e lidera no segmento de papéis e embalagens no mercado doméstico.

A estimativa inicial era que os volumes de papelão ondulado ficassem estáveis em 2020. Agora, a previsão é de crescimento de 5-6% no ano.

“Achamos que há um componente de reabastecimento que ajuda a sustentar esses números fortes, já que as incertezas causadas pela pandemia em seus estágios iniciais provavelmente forçaram os compradores a ficar sem estoques para preservar o caixa”, argumentam.

Porém, eles também acreditam que a forte alta foi puxada pela temporada de vendas de fim de ano, como Natal e Black Friday.

“Neste ponto, achamos que os compradores estão adicionando um volume extra à medida que a demanda do usuário final é de fato forte”, acrescentam.

Recomendação

A Ágora manteve a recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 27, potencial de valorização de 10,4% em relação ao último fechamento.

“As ações são negociadas a 8,9 vezes o EV/EBITDA para 2021, o que vemos como atraente, especialmente considerando o ciclo de crescimento da empresa por meio do projeto Puma 2, com a primeira fase começando em meados de 2021”, justificam.

A XP também recomenda comprar o papel, com preço-alvo de R$ 32, o que implica valorização de 30,8%.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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