Mercados

Verde, de Stuhlberger, vê oportunidade após perdas em agosto e aumenta alocação em bolsa brasileira

07 set 2023, 10:04 - atualizado em 07 set 2023, 10:04
Ibovespa
Gestora Verde aproveita queda em agosto para aumentar exposição à bolsa brasileira (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

A gestora Verde, de Luis Stuhlberger, aproveitou a piora recente do mercado para expandir a alocação em bolsa brasileira, segundo carta mensal atualizada após perdas de 5% do Ibovespa em agosto.

A combinação de juros globais em alta com uma China fraquejando costuma atingir em cheio os mercados emergentes. Isso explica por que o Brasil foi tão penalizado no mês passado, segundo a Verde.

Além da piora do cenário exterior, ruídos fiscais prejudicaram o desempenho do mercado de renda variável doméstico. A combinação de fatores fez com que o Ibovespa realizasse um feito nunca antes visto na história da bolsa local: marcar uma sequência de 13 pregões de quedas.

Na avaliação da Verde, os ruídos locais sobre o contexto fiscal é “exacerbado” e “tirado da sua devida proporção”.

O fundo Verde está focado na “resiliência do crescimento, que continua a surpreender positivamente, e nas oportunidades que aparecem por conta de deslocamentos técnicos nos mercados locais”, diz a carta.

“Combo EUA e China” atinge mercados

O fundo Verde está com exposição neutra em bolsa global. A gestora cita na carta a reversão no tom otimista dos mercados, levantando dois fatores que explicam a mudança:

  • avanço das taxas de juros globais longas por conta de surpresas positivas no crescimento americano; e
  • crescimento chinês “muito fraco” que provocou uma onda de pessimismo sobre as perspectivas para a economia do país asiático.

“Não é de hoje que a resiliência do consumidor americano combinada a um ciclo de investimento turbinado por estímulos fiscais tem surpreendido os analistas, que há quase um ano esperam uma recessão nos Estados Unidos“, lembra a Verde.

A gestora ressalta, no entanto, que dados recentes nos EUA que mostram uma desaceleração no mercado de trabalho não parecem ter força suficiente para causar uma recessão.

“Ainda assim, vemos valor em posições aplicadas no juro real americano.”

No caso da China, a visão do fundo Verde está mais alinhada com o lado pessimista.

“Estamos mais focados nos desafios estruturais de uma economia que vem sistematicamente se alavancando e se fechando ao mundo externo, expulsando o capital estrangeiro, seja de jure ou de facto”, explica a gestora.

A Verde mantém posição vendida na moeda chinesa e aumentou a alocação vendida no dólar contra a moeda real.

Zero a zero

O Verde FIC FIM fechou no zero a zero em agosto, contra um retorno sobre o CDI de 1,14%. No acumulado do ano, o fundo Verde registra desempenho positivo de 7,26%, ante retorno de 8,87% do CDI.

No mês passado, o fundo teve ganhos na posição de inflação implícita no Brasil, nos hedges de bolsa global e nas posições de moedas globais. As perdas vieram do livro de bolsa local e das posições compradas em ouro e real.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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