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Verde: ‘Frustrações’ de Lula geram oportunidade na renda fixa; veja a nova tacada da gestora de Luis Stuhlberger

14 nov 2023, 15:32 - atualizado em 14 nov 2023, 15:32
renda fixa preferida dos milionários
Asset responsável por fundo disputadíssimo aumenta posição em juros reais; veja como aplicar estratégia (Imagem: Rmcarvalho de Getty Images)

Em tempos de queda de juros, é hora de se posicionar apenas em ativos de risco, como ações e fundos imobiliários, e deixar de lado os títulos de renda fixa, certo? Pois não é assim que pensa a Verde Asset, gestora responsável pelo estrelado fundo Verde e liderada pelo não menos conhecido Luis Stuhlberger.

Na carta divulgada aos cotistas do fundo Verde, relativa ao desempenho de outubro, a gestora explica dois movimentos estratégicos relacionados à renda fixa:

  1. O aumento da posição aplicada em juros reais brasileiros;
  2. A redução da posição em inflação implícita.

A principal justificativa para a nova posição são oportunidades geradas pela preocupação com a meta fiscal para 2024.

O tema vem sendo, inclusive, um dos “calcanhares de Aquiles” do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que defende o déficit zero, mas cujo discurso contrasta com o do presidente Lula, que frequentemente adota um tom “mais gastador”.

Bem, mas o que significam de fato esses dois movimentos da Verde? E como você pode aplicá-los à sua carteira?

Entra IPCA+, sai prefixado: entenda o movimento da Verde

Apesar da linguagem difícil, o movimento descrito pela Verde com relação à renda fixa brasileira é mais simples de entender do que parece.

Para explicar isso, contudo, é preciso saber o conceito de inflação implícita. Basicamente, trata-se da inflação projetada pelo mercado para um determinado período. Ela é determinada com base na diferença entre um título prefixado de referência e um indexado à inflação.

Vamos pegar como exemplo as taxas do Tesouro Direto vigentes nesta terça-feira, 14:

Fonte: Site do Tesouro Direto – Acesso em 14/11

Para o mesmo vencimento, o Tesouro paga 11,11% ao ano em seu prefixado e IPCA + 5,74% em seu título indexado à inflação. Isso significa que o mercado projeta, até 2029, que o IPCA corresponda à diferença entre essas duas taxas, ou seja, uma média de 5,07% ao ano.

1,1111/1,0574 = 1,0507 = Inflação implícita de 5,07% ao ano

Ao aumentar a posição aplicada em juros reais e reduzir em inflação implícita, a gestora entende que, basicamente, a inflação no período já não deve ser inferior ao que o mercado precifica, como era sua aposta anterior.

Em outras palavras, ela entende que os títulos IPCA+ não devem mais performar abaixo dos prefixados e, por isso, se posiciona nesse tipo de título, que paga juros reais.

A posição faz sentido com a preocupação com a questão fiscal brasileira, já que contas públicas no vermelho geralmente culminam em inflação mais alta.

“O Brasil, cujo mercado tinha acalmado, teve renovado choque em 27 de outubro, quando o presidente resolveu trazer a público suas frustrações com a meta de déficit público do arcabouço para 2024”, diz a carta.

Como posicionar-se em bons títulos IPCA + agora

A necessidade de se posicionar em bons títulos de renda fixa, especialmente os indexados à inflação, já vem sendo destacada por diversos analistas. Para Laís Costa, da Empiricus, além de ser importante manter a carteira diversificada mesmo em tempos de apetite ao risco, há oportunidades históricas para investir em juros reais.

O fundo Verde, contudo, é um dos mais disputados do mercado e suas cotas estão restritas a investidores que podem fazer aportes vultosos. Mas isso não significa que você não possa aproveitar a “dica” de Stuhlberger.

O Tesouro IPCA+ (NTN-B) segue como a opção mais óbvia e fácil para se posicionar em juros reais, mas também existem títulos privados disponíveis ao público que pagam retornos muito maiores.

“Há títulos em crédito privado oferecendo taxas de juros reais próximas das máximas históricas”. Então, “apesar das sucessivas reduções na Selic, ainda temos boas oportunidades”, explica Laís, da Empiricus.

A própria analista fez uma seleção de quatro títulos premium de renda fixa, que pagam taxas muito superiores às oferecidas pelo Tesouro:

Legenda: Quadro mostra quatro títulos IPCA+ e suas respectivas taxas bruta e líquida reais. Fonte: Empiricus Investimentos

ACESSE OS QUATRO TÍTULOS PREMIUM AQUI

Claro que estamos falando aqui de níveis de risco e liquidez distintos e não é recomendado se desfazer da posição em Tesouro Direto para aplicar em títulos privados.

Contudo, é possível buscar uma posição equilibrada que turbine os retornos com renda fixa da sua carteira. Estamos falando de papeis que pagam IPCA + 10% e muitas vezes são isentos de Imposto de Renda.

No material elaborado pela Empiricus, além dos títulos, você ainda encontra o racional por trás da escolha dessas recomendações. E tudo isso de graça.

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