Verde pode ser comprada por Vinci em meio à encolhimento da indústria de fundos, diz site

A Verde Asset, uma das mais conhecidas e tradicionais gestoras do mercado, pode se unir a Vinci Compass para criar uma joint venture, informou o Brazil Journal.
Segundo o site, a equipe da gestora, junto com o gestor Luis Stuhlberger, a Lumina Capital Management – que tem 25% da gestora, permaneceriam na gestão por cinco anos.
A estrutura envolveria uma troca de ações, com os atuais sócios da Verde recebendo ações da Vinci, e permitiria à Vinci consolidar imediatamente os resultados da Verde.
Ainda de acordo com a apuração, os sócios da Vinci Gilberto Sayão e Alessandro Horta já acertaram um formato básico.
A sinergia entre os negócios, com mínima sobreposição de áreas, é um dos principais pilares da joint venture — que também prevê uma transição organizada para Stuhlberger, fundador da empresa há 28 anos, ainda nos tempos da Hedging Griffo.
Desde o início em 1997, o fundo Verde acumula rentabilidade de 29.390,61%.
Atualmente com R$ 17 bilhões sob gestão, a gestora enfrenta desafios nos últimos anos, que viu resgates dispararam. Em 2021, época em que a Selic chegou a um dígito, a gestora chegou a administrar R$ 58 bilhões.
Se concretizado, a compra também reforça a consolidação da indústria de fundos em meio à crise que o setor passa.
No primeiro semestre, a sangria continuou.
Segundo dados da Anbima, a indústria de fundos encerrou o período com resgates líquidos de R$ 37,8 bilhões, uma reversão em relação ao mesmo período de 2024, quando houve captação líquida positiva de R$ 190 bilhões.
Nessa derrocada, os fundos multimercados lideraram os resgates de janeiro a junho deste ano, com retiradas líquidas de R$ 78,9 bilhões.