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Veterano de aéreas de baixo custo vê oportunidades na América Latina

20 maio 2020, 15:37 - atualizado em 20 maio 2020, 15:37
De capital fechado, a Viva aterrou a frota – opera 16 aeronaves na Colômbia e quatro no Peru -, mas tem caixa suficiente para cerca de um ano, disse Ryan (Imagem: Pixabay)

A Viva Air, companhia aérea de baixo custo, se prepara para aumentar a rede de rotas e ganhar mercado na América Latina, depois do pedido de recuperação judicial da Avianca como resultado da pandemia de coronavírus.

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Declan Ryan, presidente do conselho da Viva, ajudou a fundar e operar várias aéreas de baixo custo globais ao longo de décadas, incluindo a Ryanair Holdings.

Ryan disse que a pandemia representa a maior ameaça ao setor vista por ele. Mas companhias aéreas com custos fixos mais baixos e tarifas mais baratas sairão na frente quando a demanda aumentar, pois as pessoas devem preferir voos curtos e se concentrar no preço, disse.

“O menor custo sempre vence. É realmente importante em momentos como este, porque reduz a queima de caixa”, afirmou em entrevista por telefone. “Tivemos muitas crises, mas esta é a mais grave, porque o fantasma ou inimigo é invisível.”

As proibições de viagens na América Latina, com o objetivo de controlar a propagação do coronavírus, abalaram o setor de viagens, levando investidores a vender ações e títulos das maiores companhias aéreas, reduzindo o tráfego e fazendo com que a Avianca, a segunda maior do setor da região, pedisse proteção contra falência.

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De capital fechado, a Viva aterrou a frota – opera 16 aeronaves na Colômbia e quatro no Peru -, mas tem caixa suficiente para cerca de um ano, disse Ryan.

A empresa colocou quase dois terços de seus 975 funcionários em licença não remunerada e negocia com fornecedores. É improvável que aceite novos aviões neste ano do pedido de 50 jatos A320 da Airbus, disse Ryan.

No entanto, a empresa não cancelou os ambiciosos planos de expansão. A Viva busca incluir o Equador como destino e considera expandir a rede doméstica na Colômbia e no Peru e, possivelmente, adicionar mais voos à Flórida. Mas Ryan afirmou que a crise traz grande incerteza.

“Esta é uma maratona, já percorremos alguns quilômetros, mas, como vai acabar, não tenho muita certeza”, disse Ryan, fundador e sócio-gerente da Irelandia Aviation, que controla a Viva.

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bloomberg@moneytimes.com.br