Comprar ou vender?

Via Varejo: ação está barata em relação aos pares e BTG eleva o preço-alvo

20 nov 2020, 21:19 - atualizado em 23 nov 2020, 1:35
Via Varejo Ponto Frio Casas Bahia Extra.com.br
Os analistas elevaram o preço-alvo da varejista para R$ 21, ante os R$ 13 anteriores, o que significa potencial de valorização de 17% (Imagem: Gustavo Kahil/Money Times)

A Via Varejo (VVAR3) segue exibindo sinais de que está dando a volta por cima, afirma o BTG Pactual em relatório enviado a clientes nesta sexta-feira (20).

Segundo os analistas Luiz Guanais, Gabriel Savi e Ricardo Cavaliera, o forte aumento no tráfego do comércio eletrônico nos últimos meses, aproveitando a migração dos consumidores de offline para online, é promissor.

“A liquidez (um problema no início da Covid-19) também está sob controle, permitindo mais investimentos na frente de capital de giro”, argumentaram.

Com isso, os analistas elevaram o preço-alvo da varejista para R$ 21, ante os R$ 13 anteriores, o que significa potencial de valorização de 17% em relação ao último fechamento. A recomendação é de compra.

“Vemos a Via Varejo sendo negociada a 0,8 vezes o EV/GMV (valor da empresa sobre o volume bruto de mercadorias) em 2021, abaixo de seus pares, oferecendo um potencial de valorização para os investidores no curto prazo”, disseram.

Para se ter uma ideia, pelos cálculos do BTG, o Magazine Luiza (MGLU3), seu principal concorrente, negocia a um EV/GMV de 2,5 vezes em 2021.

Caminho sem volta

Segundo analistas, a empresa divulgou um conjunto decente de resultados no terceiro trimestre, com a expansão do e-commerce e a alavancagem operacional como principais pontos positivos.

O GMV (volume bruto de mercadorias) online disparou 219% no ano, embora com queda de 20% em relação ao segundo trimestre, puxado pela operação de marketplace.

Além disso, os analistas destacam a aquisição da I9XP, empresa de tecnologia especializada no desenvolvimento de soluções de e-commerce para varejistas, com 17% de participação na Distrito, um polo de inovação e plataforma que apoia empresas em sua transformação digital.

A companhia também se aproveita dos seus 85 milhões de clientes para criar um ecossistema de dados para oferecer suporte a precificações, logística e marketing, observam os especialistas.

“Combinar mais tráfego e melhorias nos níveis de serviço será fundamental, uma vez que pretendem ganhar escala em sua plataforma 3P nos próximos trimestres, diversificando o número de categorias oferecidas”, afirmaram.

A equipe lembra que provavelmente o e-commerce irá desacelerar no próximo ano, o que pode elevar a volatilidade das ações. Mesmo assim, eles estão otimistas e veem uma tendência de consolidação da varejista.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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