Argentina

Viagem para a Argentina: Novas medidas de Milei podem impactar a ida ao país

24 dez 2023, 16:00 - atualizado em 22 dez 2023, 9:01
vigem argentina
Recentemente o governo Milei anunciou 9 medidas para a economia que terão impacto direto no dólar. (Imagem: Getty Images)

ministro da Economia da ArgentinaLuis Caputo, anunciou na última semana novas medidas do governo recém-empossado de Javier Milei para tirar o país da grave crise que a atinge. Com isso, os turistas, principalmente brasileiros, querem saber se ainda vale a pena as férias no país.

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A principal medida que poderá impactar os viajantes é a oitava anunciada, em que o ministro do país fala em subir o câmbio oficial para 800 pesos. Para Caputo, o reajuste do câmbio fornecerá “os incentivos necessários” para que as empresas produzam e invistam mais. Em paralelo, o governo vai aumentar, provisoriamente, o imposto sobre importações.

Vale lembrar também que uma das promessas de governo de Milei é a dolarização da economia.

A economista da Bloomberg Economics, Adriana Dupita, acredita que o novo presidente terá muito trabalho pela frente e que não vai ser tão simples dolarizar uma economia. 

“Milei terá de apresentar uma estratégia para reduzir o setor público e criar uma economia mais produtiva e eficiente. Ele precisará do apoio do Congresso e de uma política externa pragmática para fortalecer as exportações”, apontou a economista.

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“Não esperamos que a dolarização aconteça no curto prazo – as reservas internacionais são muito baixas. Líquidos dos requisitos de reservas sobre contas correntes cambiais e outros passivos, como swaps chineses, são negativos. Há cerca de US$ 20 bilhões em pagamentos de importação atrasados. Se Milei trocasse pesos circulantes por dólares das reservas da Argentina à atual taxa de câmbio paralela, estimamos que lhe faltariam US$ 65 milhões”, explicou.

Ainda vai valer a pena ir para a Argentina em 2024?

Ainda é difícil fazer um prognóstico quando se desconhece a fundo as estratégias que serão adotadas por Miliei. No entanto, Dupita acredita ser “bastante provável” que a moeda argentina passe por uma desvalorização no início do novo governo.

“A inflação tende a se acelerar neste primeiro momento conforme os preços domésticos acompanham a nova taxa de câmbio e o novo governo diminui os subsídios a preços regulados, como tarifas de energia e transporte”, aponta a economista.

Para os turistas, ela enxerga que apenas dois caminhos possíveis: melhorar ou piorar, dependendo do que andar mais rápido – a inflação ou o câmbio.

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A profissional entende que aquele turista que fazia conversão pelo câmbio oficial vai ganhar poder de compra, enquanto o turista que já conseguia explorar a taxa mais favorável do mercado paralelo (por exemplo, com o dólar tarjeta) poderá ver pouca mudança nos preços.

O que fez com que os turistas brasileiros fossem para Argentina?

A Argentina se tornou o destino favorito dos turistas brasileiros nestes últimos anos. De 2021 para 2022 os voos entre Brasil e Argentina cresceram 481,7%, ultrapassando a quantidade de viagens entre Brasil e Estados Unidos, segundo dados da Agência Nacional de Avião Civil (Anac). 

A principal motivação dessse aumento nos números foi, claro, o custo benefício. Há quem diga que os brasileiros passam por uma “vida de rei” por conta dos valores menores do que uma viagem para a Bahia, por exemplo, com jantares repletos a R$ 200, passeios e hospedagens a “preço de banana’.

Isso porque inflação na Argentina está descontrolada. Segundo levantamento da Austin Rating, a taxa acumulada de janeiro a outubro foi de 120%. Em 12 meses, atingiu 142,7%. Com isto, a moeda argentina se desvaloriza frente ao dólar que, consequentemente, se mostra muito mais atrativo para o real.

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Os produtos famosos como vinhos argentinos se tornam uma das atrações principais para os brasileiros que encontram os mesmos produtos nas gôndolas dos mercados brasileiros a preços muito mais elevados.

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Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
juliana.caveiro@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
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