Vibra (VBBR3): Empresa lucra R$ 407 milhões no 3T25 e fala em avanços com Operação Carbono Oculto
A Vibra (VBBR3) teve um lucro líquido de R$ 407 milhões no terceiro trimestre de 2025, queda de 90,3% frente ao mesmo período do ano passado. No documento, o CEO, Ernesto Pousada, também falou sobre a operação Carbono Oculto, que atingiu postos de combustíveis ligados ao crime organizado.
Em grande parte, o pior desempenho da empresa se deu pelo resultado financeiro. Entre julho e setembro de 2024, a companhia de energia registrou uma receita de R$ 131 milhões nesta parte do balanço e, neste ano, houve um prejuízo de R$ 647 milhões.
A companhia viu sua dívida bruta saltar 46,3% na base anual, para R$ 24,9 bilhões, e a líquida, 101,6%, para R$ 18,7 bilhões.
A Vibra, no entanto, destaca que vem, nos últimos trimestres, trabalhando na redução da alavancagem, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda (Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização, na sigla em inglês) — hoje em 2,7x.
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Além disso, a companhia destaca que no mesmo período do ano anterior houve o impacto da Lei Complementar 194/22, que alterou a forma de cobrança do ICMS sobre itens considerados essenciais, como energia elétrica, combustíveis e telecomunicações.
No trimestre em que a lei entrou em vigor, houve impactos extraordinários — como reclassificações contábeis e devoluções de valores cobrados em excesso — que inflaram o resultado daquele período.
Do lado operacional, a companhia teve o Ebitda ajustado caindo 9,1% no ano, para R$ 1,8 bilhão, explicada por efeitos não recorrentes. Na base trimestral, porém, houve alta de 23%, com recuperação de margens.
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No segmento de distribuição, o volume total vendido no trimestre foi de 9,3 milhões de metros cúbicos, estável na base anual. Na rede de postos, houve alta de 2,1% no ano, para 5,7 milhões de metros cúbicos.
No documento, publicado na noite desta quarta-feira (5), a Vibra faz referência à operação Carbono Oculto, que beneficia os volumes.
“O ambiente de competição mais equilibrado tem permitido à companhia ampliar seus volumes vendidos. Em outubro, foram registrados avanços consistentes, especialmente nos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo”, diz o CEO Ernesto Pousada.
“O trimestre foi marcado por avanços relevantes que reforçam um ambiente de negócios mais ético, competitivo e previsível para o setor de distribuição. As medidas de combate ao Carbono Oculto já abrangem 18 distribuidoras, representando cerca de 4% do mercado nacional”, afirma.
Em renováveis, com usinas solares e eólicas, por fim, a Vibra viu seu Ebitda recuar 25%, para R$ 238 milhões, impactado principalmente pelo curtailment — a redução intencional da geração de energia impulsionada pelo governo pela falta de estrutura para distribuição.