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Vibra (VBBR3): Vazio deixado com saída de Wilson Ferreira Júnior trava ação; ainda vale comprar?

24 ago 2022, 19:59 - atualizado em 25 ago 2022, 10:32
BR Distribuidora
Sinergias advindas das operações envolvendo CooperSucar, Zeg, Vem, EzVolt e, sobretudo, Comerc ainda não se encontram precificadas pelo mercado, diz Ativa (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

A saída de Wilson Ferreira Júnior deixa um “vazio de poder” que impede as ações da Vibra Energia (VBBR3) de negociar mais próximas do seu “valor intrínseco”, afirma a Ativa Investimentos.

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A Vibra anunciou há pouco mais de um mês que Ferreira Júnior estava deixando o cargo de CEO da companhia, alimentando rumores de que o executivo voltaria à recém-privatizada Eletrobras (ELET3) – o que foi confirmado dias depois.

Ferreira Júnior assumirá o comando da Eletrobras em 20 de setembro, retornando ao cargo que já ocupou de 2016 a 2021.

Quanto à Vibra, o nome do novo CEO ainda é desconhecido pelo mercado.

Apesar de a mudança de comando ser um fator de risco para a tese da distribuidora de combustíveis, a Ativa segue com recomendação de “compra” para o nome, com novo preço-alvo de R$ 29 (de R$ 33).

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Mostrando força nos períodos mais difíceis

O analista Ilan Arbetman explica, em relatório publicado nesta quarta-feira (24), que a Vibra mostrou resiliência em momentos particularmente desafiadores.

Arbetman diz que a Vibra provou mais uma vez que consegue manter a saúde de suas operações em meio a uma dinâmica desafiadora, reportando na última safra de balanços uma margem Ebitda de R$ 175/m³, o que “dialoga com os ganhos de eficiência auferidos desde 2019”.

“Lembramos que, de 2017 a 2020, a companhia trabalhou com margem Ebitda de R$ 71/m³, R$ 62/m³, R$ 78/m³ e R$ 104/m³, o que evidencia a excelência do trabalho que vem sendo desenvolvido”, comenta o analista.

A Vibra também está mostrando melhorias na parte das despesas, com o opex ajustado saindo de um patamar de R$ 98/m³ em 2017 para R$ 64/m³ no segundo trimestre de 2022.

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A Ativa entende que a companhia tem sido bem-sucedida em repassar o aumento nos preços de importação, trabalhando assim com margens mais saudáveis.

“É a partir da entrega dos seus atributos qualitativos, como o Ecossistema Vibra, as soluções de conveniência e a confiabilidade nas soluções de logística e suprimento oferecidas pela companhia, que dispõe atualmente de um market share de 28% versus 27,8% ao término do primeiro trimestre de 2022, que a Vibra estará mais perto de aliar margens mais estáveis e, por conseguinte, melhor proposta de valor, culminando na manutenção de sua liderança de mercado”, afirma Arbetman.

Novas avenidas de crescimento

A Vibra está fortalecendo seu core business por uma série de estratégias que inclui a concretização da joint venture com a Copersucar e o crescimento da joint venture com a Lojas Americanas.

Segundo a Ativa, a parceria com a Copersucar permitirá a captura de sinergias na comercialização de etanol ao juntar um grande player long e outro grande player short.

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“A formação da JV pode resultar em maiores ganhos logísticos e poder de barganha para a Vibra”, afirma Arbetman.

Na visão do analista, na Comerc, a intenção da Vibra é se posicionar no crescimento do mercado livre, responsável por um terço do consumo de energia no país.

Arbetman destaca que 80% dos mais de 18 mil clientes do B2B da Vibra não estão no mercado livre. Uma vez que a Comerc já é a maior operadora de geração distribuída no país, as sinergias parecem “promissoras”.

“Acreditamos ainda que, no futuro, a companhia tenha interesse em investir no business de GNL”, completa.

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A Ativa fiz que as sinergias advindas das operações envolvendo CooperSucar, Zeg, Vem, EzVolt e, sobretudo, Comerc ainda não se encontram precificadas pelo mercado. A percepção da corretora é de que os papéis da Vibra estão sendo negociados com desconto frente à média dos últimos três anos.

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Money Times publica matérias informativas, de caráter jornalístico. Essa publicação não constitui uma recomendação de investimento.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
diana.cheng@moneytimes.com.br
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.