Vice-chair do Fed diz que mercado de trabalho dos EUA está enfraquecendo e pode enfrentar estresse

O vice-chair do Federal Reserve, Philip Jefferson, disse na segunda-feira (29) que espera que o crescimento econômico dos Estados Unidos continue em um ritmo de cerca de 1,5% até o final do ano, com o mercado de trabalho enfrentando um possível estresse se não for apoiado pelo banco central.
Em comentários preparados para serem apresentados em uma conferência do Banco da Finlândia em Helsinque, Jefferson disse que apoia uma redução de 0,25 ponto percentual na reunião de política do Fed de 16 e 17 de setembro, como uma forma de equilibrar o risco de uma inflação contínua acima da meta com o que ele vê como ameaças crescentes ao mercado de trabalho.
“O mercado de trabalho está se abrandando, o que sugere que, se não for apoiado, ele poderá sofrer estresse”, disse Jefferson, acrescentando que prevê que a inflação começará a voltar para a meta de 2% do Fed depois deste ano.
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Os impactos do comércio, da imigração e de outras políticas do governo do presidente Donald Trump continuam a evoluir, disse Jefferson, acrescentando: “Considero a incerteza em torno de minha perspectiva básica especialmente alta, principalmente devido às novas políticas que estão sendo introduzidas pelo atual governo dos EUA e seus efeitos sobre o emprego e a inflação”.
Embora o impacto das tarifas sobre a inflação e outros aspectos da economia tenha sido menor do que alguns economistas esperavam, Jefferson disse que prevê que esses efeitos “se manifestarão ainda mais nos próximos meses”.
O Fed reduziu sua taxa de juros de referência para a faixa de 4% a 4,25% na última reunião, a primeira mudança desde dezembro. Nas projeções divulgadas após a reunião, os formuladores de políticas previram mais dois cortes durante o restante do ano.