Alimentos

Viciados em bacon podem enfrentar falta do produto nos EUA

09 out 2019, 14:58 - atualizado em 09 out 2019, 14:58
Essa é a previsão da Smithfield Foods, maior processadora mundial de carne suína (Imagem: Pixabay)

É uma notícia assustadora para os fãs de bacon: os Estados Unidos podem ter que lidar com a queda da oferta ou mesmo falta de barriga de porco, como também de presunto, em 2020, refletindo o impacto da peste suína africana na China.

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Essa é a previsão da Smithfield Foods, maior processadora mundial de carne suína. Embora a crise do mercado de suínos da China ainda não tenha causado forte impacto nos EUA, isso pode mudar em 2020, pois o país asiático é obrigado a aumentar ainda mais as importações diante de um déficit prolongado de proteínas, disse Arnold Silver, diretor de compras de matérias-primas da Smithfield, controlada pelo WH Group, listado em Hong Kong.

Os chineses “são insaciáveis em seu apetite por carne de porco”, disse Silver durante a conferência Urner Barry Global Protein Summit em Chicago, realizada segunda e terça-feira.

A Smithfield vai priorizar o fornecimento de sua antiga base de clientes nos EUA antes de exportar para a China, disse Silver. No entanto, a forte demanda na Ásia pode resultar em mais exportações de carne suína dos EUA para o país asiático, e alguns cortes de carne correm maior risco de faltar no mercado. A China costuma comprar carcaças inteiras ou metade delas. No entanto, o presunto também é especialmente procurado, disse Silver.

Essa perspectiva é válida mesmo com as tarifas retaliatórias chinesas contra embarques de carne suína dos EUA. Se as sobretaxas forem suspensas, as exportações dos EUA podem aumentar ainda mais, disse Silver.

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A Federação de Exportação de Carne dos EUA também espera aumento das compras chinesas em 2020. As exportações de carne suína dos EUA para a China devem crescer 12% em 2019 e 13% em 2020, somando 3,1 milhões de toneladas, afirmou Erin Borror, economista da associação, durante a conferência Urner Barry. Essa previsão considera a continuidade da guerra comercial.

Se as importações chinesas deslancharem, há limitações para elevar a oferta, disse Silver, da Smithfield. A produção está 4% maior este ano, mas o ritmo deve desacelerar para 2% em 2020, disse.

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bloomberg@moneytimes.com.br