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Virgo causa polêmica ao usar fundo de reserva de CRIs em aplicação de risco; entenda

19 ago 2025, 15:41 - atualizado em 19 ago 2025, 15:41
Economia, INSS, beneficiários, dinheiro, Conselho da Justiça Federal, CJF
Virgo causa polêmica ao usar fundo de reserva de CRIs em aplicação de risco (Imagem: Getty Images/Canva)

A Virgo, uma das maiores securitizadoras do Brasil, direcionou recursos de um fundo de reserva de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) para uma aplicação considerada arriscada.

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A decisão contrariou o objetivo desse tipo de fundo, que existe justamente para proteger investidores contra possíveis inadimplências.

A medida teria partido de um ex-executivo da casa, que teria escolhido aplicar parte do dinheiro no fundo chamado Allocation. O problema é que esse fundo mantinha exposição a um CRI da Oncoclínicas, estruturado pela própria Virgo, levantando dúvidas sobre um possível conflito de interesses.

Na prática, o Allocation permite investimentos em ativos de maior risco, perfil incompatível com a finalidade de um fundo de reserva.

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Fundos de reserva

Em operações de CRIs, uma parcela dos recursos captados é destinada à formação de fundos de reserva, que funcionam como um colchão de segurança para cobrir juros, amortizações e despesas, além de proteger contra desequilíbrios de fluxo de caixa.

Por isso, a prática usual é manter o dinheiro em aplicações de alta liquidez, baixo risco e baixa volatilidade.

A movimentação feita pela Virgo, além de expor os cotistas a potenciais perdas, gerou dúvidas no mercado sobre governança dentro da securitizadora, que possui cerca de R$ 90 bilhões sob gestão fiduciária.

Em nota enviada ao Money Times, a empresa afirmou que, no curso de suas atividades e da operação em questão, nenhum regulamento de mercado foi violado e que não houve dano ou prejuízo aos parceiros.

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De acordo com a Virgo, os fundos de reserva investidos no Allocation continuam segregados de forma adequada, como determinam as regras.

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Jornalista formado e com MBA em Planejamento Financeiro e Análise de Investimentos. Passou pelas redações da TV Band, UOL, Suno Notícias e Agência Mural, e foi líder de conteúdo no 'Economista Sincero'. Hoje, atua como repórter no Money Times.
igor.grecco@moneytimes.com.br
Jornalista formado e com MBA em Planejamento Financeiro e Análise de Investimentos. Passou pelas redações da TV Band, UOL, Suno Notícias e Agência Mural, e foi líder de conteúdo no 'Economista Sincero'. Hoje, atua como repórter no Money Times.