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Vivo e TIM adotam estratégias agressivas em briga pelo mercado pré-pago

16 set 2020, 13:40 - atualizado em 16 set 2020, 13:52
Vivo
Em julho, a Vivo reportou mais de 400 mil novos clientes pré-pagos, enquanto todas as outras operadoras tiveram desconexões no mês (Imagem: Renan Dantas/Money Times)

A nova estratégia adotada pela Vivo (VIVT4) para o segmento pré-pago está gerando resultados. Após o período de quedas no terceiro trimestre de 2018, quando as receitas caíram 22%, a operadora de telecomunicações voltou a recuperar clientes no negócio, vendo as adições líquidas ficarem positivas neste ano.

“Em julho, [a Vivo] reportou mais de 400 mil novos clientes pré-pagos, enquanto todas as outras operadoras tiveram desconexões no mês”, destacaram os analistas do BTG Pactual (BPAC11), Carlos Sequeira e Osni Carfi, em relatório divulgado na terça-feira (15).

Por meio do ajuste de ofertas no início de 2020 e da redução do preço por gigabyte (GB), a Vivo conseguiu desbancar a TIM Participações (TIMP3) como líder do segmento pré-pago em abril. Mas a rival não demorou para revidar.

Em agosto, a TIM anunciou novas ofertas para a base de clientes da categoria. A empresa ampliou o plano semanal com 1 GB para um plano de 10 dias com 1.4 GB, mantendo o preço de R$ 10. Essa jogada tornou a oferta da companhia a mais atrativa do segmento pré-pago no mercado.

A TIM também mudou sua oferta para os planos individuais pós-pagos. O novo plano de entrada inclui 15 GB de dados por R$ 110 mensais, superando os demais produtos do mercado. O plano individual pós-pago de 16 GB da Vivo, por exemplo, custa R$ 130 ao mês.

Tim TIMP3
Em agosto, a TIM anunciou a mudança do plano semanal pré-pago com 1 GB para um plano de 10 dias com 1.4 GB, mantendo o preço de R$ 10 (Imagem: Divulgação/Ismar Ingber)

Próximo passo

Segundo o BTG, a Claro pode ser forçada a mudar suas ofertas nos próximos meses, visto que o plano de entrada no segmento pré-pago envolve 1 GB para sete dias por R$ 10 (menos atrativo do que a oferta da TIM). Pelo mercado pós-pago, a empresa também ficou para trás.

“A Claro, que tem liderado as adições líquidas do segmento pós-pago por sete trimestres, pode dar o próximo passo para garantir a liderança, já que seus planos não são mais tão favoráveis contra as novas ofertas lançadas pela TIM (nicho pós-pago do segmento de baixo valor) e Vivo (pós-pago do segmento de maior valor).

No caso da Oi (OIBR3), a companhia tem se dedicado, de maneira bem-sucedida, em trazer uma proposta de valor atraente. O pacote pós-pago de R$ 100 mensais oferece 50 GB de dados e acesso às mídias sociais mais populares, bem como a plataformas de vídeo, como Netflix e YouTube.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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