Argentina

Você compraria uma dívida com prazo de 100 anos da Argentina?

21 jun 2017, 14:02 - atualizado em 05 nov 2017, 14:01

Mauricio Macri

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Com oito calotes em sua dívida externa desde 1816, a Argentina realizou um inesperado movimento ao ofertar títulos com um vencimento de 100 anos. O retorno ao mercado de capitais vem após uma bem-sucedida emissão de US$ 16 bilhões há pouco mais de um ano depois de um namoro do recém-eleito presidente Mauricio Macri com o mercado, que convenceu os investidores com uma política de austeridade fiscal.

Esta é a segunda venda de papéis soberanos do tipo na América Latina. O primeiro a se aventurar com os títulos centenários foi o México, em 2011.

Além de um voto de confiança, emissões do tipo trazem investidores que provavelmente têm uma visão de longo prazo e apostam no crescimento do país. Ou seja, um perfil bem distante dos “fundos abutres” que atormentaram a Argentina nos últimos anos ao carregar títulos podres do país.

E, para a surpresa de muitos, a demanda foi gigantesca. Os hermanos venderam US$ 2,75 bilhões para aplicadores que realizaram ordens de compra de US$ 9,75 bilhões de olho nos 7,9% prometidos na operação. Animado com o sucesso da oferta, o governo argentino já se predispôs a elevar a intenção de novas emissões em dólar dos previstos US$ 10 bilhões para US$ 12,75 bilhões.

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Além do México, o país entrou para o seleto de “emissores centenários” que tem Bélgica, Irlanda, China, Dinamarca e Suécia.

“Estamos mais perto de países normais como a Bélgica ou México do que da Venezuela, com a qual o governo anterior se endividava com papéis de 5 anos e juros de 15%. É uma marca de confiança não só desta administração, mas também no futuro do país “, disse o ministro das Finanças, Luis Caputo.

Será que o Brasil consegue resgatar a mesma credibilidade e confiança restaurada tão rapidamente pelo país vizinho? O exemplo já foi dado.

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Fundador do Money Times | Editor
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.
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