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Vulcabras pode iniciar roadshow de re-IPO em 28 de setembro

22 ago 2017, 20:42 - atualizado em 05 nov 2017, 13:57

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O cronograma indicativo da oferta pública de ações da Vulcabras, dona das marcas Azaleia e Olympikus, prevê o início do roadshow em 28 de setembro e a fixação do preço por ação em 19 de outubro. As datas constam do prospecto preliminar da oferta da rede calçadista, protocolado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A oferta se trata de um “re-IPO”, o que na prática significa a reestreia da companhia na bolsa brasileira, visto que hoje ela não possui liquidez.

Embora o documento ainda não informe a quantidade de ações a serem ofertadas, já mostra que a emissão incluirá uma parcela primária (de venda de novas ações cujos recursos vão para o caixa da empresa) e secundária (recursos destinados aos atuais acionistas). O documento não possui, ainda, a faixa indicativa de preço. Entre as ofertas na fila para a próxima janela, entre setembro e outubro, estão ainda a companhia de TI Tivit, a Camil, ambas iniciais, e a Eneva, uma oferta subsequente.

O número de companhias em busca de financiamento via oferta de ações vem crescendo e, neste ano, o giro das emissões já se aproxima de R$ 25 bilhões, o melhor ano em sete. Se o cronograma for mantido, as ações devem começar a ser negociadas na bolsa a partir de 23 de outubro no Novo Mercado, segmento de mais alta governança corporativa da B3. Ou seja, a companhia irá migrar suas ações do segmento de listagem com a oferta, movimento que é dado como fundamental para a atração de investidores.

A empresa fabricante das marcas de calçados Olympikus e Azaleia anunciou na última sexta-feira que seu conselho de administração havia aprovado a oferta. Os acionistas vendedores na oferta estão a L4E, Suez, FIM e PGB. Os bancos coordenadores são o Credit Suisse, que atua como líder, e o Bradesco BBI. Apesar do cronograma já constar no prospecto preliminar, a adesão da Vulcabras ao Novo Mercado ainda depende de análise dos acionistas em Assembleia Geral Extraordinária convocada para o dia 6 de setembro. A assembleia deverá aprovar alterações no estatuto social da companhia para que este fique em conformidade com exigências do segmento especial de governança.

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Destinação dos recursos

O anuncio da oferta de ações da Vulcabras representa o ponto alto de um processo de reestruturação iniciado há cerca de três anos na companhia. Após ajustes internos, a empresa contratou, no início de 2017, o Credit Suisse para buscar alternativas para um aporte na empresa. A ideia inicial era que a companhia pudesse receber recursos de algum fundo de investimento, conforme relatou na época ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, o presidente da Vulcabras, Pedro Bartelle.

Uma oferta em bolsa para melhorar a liquidez das ações também já vinha sendo analisada. O objetivo da companhia é a redução de seus níveis de endividamento. Recursos a serem captados por meio da oferta primária de ações deverão ser usados para amortizar dívidas. O Bradesco, cujo braço de investimentos atua como coordenador da oferta, é também um credor da companhia.

Parte dos recursos será usada para amortizar dívidas junto ao banco relativas a contratos de crédito para importação, um contrato de pré-pagamento de exportação e notas de crédito à exportação. A companhia informou ainda que pretende usar os recursos para pagamento de mútuos concedidos à empresa por alguns dos acionistas, para investimentos na modernização e ampliação da área industrial, além de desenvolvimento de produtos e capital de giro.

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(Por Dayanne Sousa e Fernanda Guimarães)

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