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Wall Street avança e fecha em forte alta com expectativa de fim do ‘shutdown’

10 nov 2025, 18:13 - atualizado em 10 nov 2025, 18:18
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Em Wall Street, os índices retomaram o tom positivo com expectativa de fim da paralisação da máquina pública (Imagem: REUTERS/Andrew Kelly)

Wall Street dissipou a cautela com o setor de tecnologia com o avanço nas negociações no Congresso norte-americano, que abriram a porta para o possível fim da paralisação (shutdown) da máquina pública.

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Durante a sessão, o índice Dow Jones saltou mais de 400 pontos e o Nasdaq subiu mais de 2%.

Confira o fechamento dos índices de Wall Street:

  • Dow Jones: +0,81%, aos 47.368,54 pontos;
  • S&P 500: +1,54%, aos 6.832,46 pontos; 
  • Nasdaq: +2,27%, aos 23.527,17 pontos.

O que movimentou Wall Street hoje?

Depois de uma semana de cautela com o setor de tecnologia, os índices de Wall Street retornaram ao território positivo com possível fim da paralisação da máquina pública dos Estados Unidos. O shutdown já é o mais longo da história, com duração de 40 dias.

Na noite de domingo (9), o Senado norte-americano avançou com um projeto de lei que garante o financiamento do governo federal até 30 de janeiro. O texto também contempla um pacote com três propostas orçamentárias de longo prazo, voltadas para o exercício fiscal completo.

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Além da aprovação do Senado, a medida ainda precisará passar pela Câmara dos Representantes antes de seguir para a sanção do presidente Donald Trump, o que pode levar alguns dias. Além disso, o texto não inclui a votação imediata da extensão dos subsídios de saúde, uma exigência dos democratas que pode travar as negociações na Câmara.

Além disso, os investidores operaram na expectativa de um novo corte de juros em dezembro.

A presidente da unidade do Federal Reserve (Fed) de São Francisco, Mary Daly, afirmou que a desaceleração do crescimento do emprego nos EUA provavelmente se deve mais à demanda mais fraca por trabalhadores do que à queda na força de trabalho decorrente da política de imigração mais rígida.

“A demanda por trabalhadores diminuiu, e aconteceu de ser atendida por um declínio quase coincidente na oferta de mão de obra” que, também coincidentemente, manteve a taxa de desemprego estável, disse Daly em ensaio divulgado nesta segunda-feira (10).

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“O crescimento dos salários nominais e reais desacelerou de modo geral à medida que o mercado de trabalho esfriou, mesmo em muitos setores em que os trabalhadores nascidos no exterior representavam uma parcela maior do emprego”, disse ela. “Se a desaceleração do crescimento do emprego fosse principalmente estrutural, relacionada à oferta de mão de obra, o oposto seria verdadeiro.”

Ela ainda afirmou que o impacto das tarifas sobre os preços “não levou a uma dinâmica de inflação mais ampla e persistente”. “De fato, até o momento, os efeitos das tarifas têm se restringido em grande parte aos produtos, com pouca repercussão.”

Daly também disse que o Fed reduziu “apropriadamente” os custos de empréstimos em 0,25 ponto percentual em suas duas últimas reuniões, mas agora precisa avaliar se os EUA ainda correm o risco de um surto de inflação e precisam manter a política um pouco apertada, ou se estão à beira de um boom de produtividade impulsionado pela inteligência artificial que poderia alimentar o crescimento sem um aumento nos preços.

“Para acertar a política monetária, será necessário ter a mente aberta e buscar evidências em ambos os lados do debate”, disse ela.

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De acordo com a ferramenta FedWatch, do CME Group, os agentes financeiros veem 63,9% de chance de o Fed reduzir os juros em 0,25 ponto percentual, para a faixa de 3,75% a 4,00% ao ano. Na última sexta-feira (7), a probabilidade era de 66,9%. A chance de manutenção dos juros subiu de 33,1% para 36,1% no período.

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.

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