(Imagem: 400tmax/Getty Images Signature)
Os índices de Wall Street fecharam majoritariamente em queda com novos dados do mercado de trabalho e um novo tombo do petróleo – com o barril do Brent abaixo de US$ 55, no nível mais baixo desde 2021.
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Confira o fechamento dos índices:
- Dow Jones: -0,62%, aos 48.114,26 pontos;
- S&P 500: -0,24%, aos 6.800,26 pontos;
- Nasdaq: +0,23%, aos 23.111,46 pontos.
O que movimentou Wall Street?
Os dados econômicos e a política monetária dividiram as atenções dos investidores em Wall Street nesta terça-feira (16).
O payroll mostrou a criação de 64.000 vagas em novembro, em dados ajustados sazonalmente no mês, superando a estimativa do mercado de 45 mil e representando uma melhora em relação à forte queda registrada em outubro.
A taxa de desemprego subiu para 4,6%, mais do que o esperado e o nível mais alto desde setembro de 2021. Uma medida mais abrangente, que inclui trabalhadores desalentados e aqueles que têm empregos de meio período, aumentou para 8,7%, atingindo seu pico em agosto de 2021.
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Além do relatório de novembro, o BLS divulgou uma contagem abreviada de outubro que mostrou uma queda de 105.000 vagas de emprego. Embora não houvesse uma estimativa oficial, os economistas de Wall Street esperavam amplamente um declínio após o aumento inesperado de 108.000 vagas em setembro.
“O dado de emprego da economia norte-americana, referente a outubro e novembro, mostra que a decisão do Comitê Federal do Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) em cortar juros na reunião de dezembro foi adequada, com os sinais de fragilidade persistindo e até mesmo piorando na margem, com a taxa de desemprego alcançando o maior valor desde setembro de 2021, aumentando as chances de o Fed cortar novamente em janeiro”, avaliou André Valério, economista sênior do Inter.
Já Sara Paixão, analista de macroeconomia da InvestSmart XP, afirmou que “os dados recentes não tiveram grande influência nas expectativas, uma vez que não forneceram um sinal claro sobre a trajetória do emprego”.
Perto do fechamento, o mercado precificava 75,6% de chance de o Fed manter os juros inalterados na faixa de 3,50% a 3,75% ao ano na primeira decisão de 2026. A probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual era de 24,4%. Os percentuais ficaram estáveis em relação ao dia anterior.
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O mercado ainda seguiu atento às movimentações para a escolha de um novo presidente do Fed, com o fim do mandato de Jerome Powell em maio.
Hoje, o conselheiro econômico da Casa Branca, Kevin Hassett, um dos principais candidatos do presidente dos EUA, Donald Trump, para liderar o Fed, afirmou que a independência do BC é “muito importante”.
O comentário foi feito em um contexto de preocupações de que Hassett, que pode substituir Jerome Powell como chair do Fed, possa ser muito próximo de Trump.
“A independência do Federal Reserve é realmente muito importante”, disse Hassett em entrevista à CNBC, acrescentando que há bastante espaço para redução das taxas de juros na economia norte-americana, algo que Trump vem defendendo desde que reassumiu o cargo.
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Mais cedo, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmou que tanto Kevin Warsh quanto Kevin Hassett são qualificados para chefiar o Fed. “Precisamos de alguém que tenha uma mente aberta”, disse Bessent.
Em particular, eles devem “quebrar essa ideia que às vezes, muitas vezes, o Fed tem de que o crescimento cria inflação. O crescimento não gera inflação. O atrito cria inflação quando há mais demanda na economia do que oferta”, acrescentou em entrevista à Fox Business Network.
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