Mercados

Wall Street tem 4ª queda consecutiva à espera de Nvidia (NVDA)

18 nov 2025, 18:06 - atualizado em 18 nov 2025, 18:12
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(Foto: Reuters/Andrew Kelly/File Photo)

Nesta terça-feira (18), a crescente aversão a risco com o setor de tecnologia pressionou, mais uma vez, os índices de Wall Street. A possível pausa no ciclo de cortes nos juros pelo Federal Reserve, expectativa pela retomada dos dados de emprego após o shutdown e novos acordos comerciais também movimentaram o pregão.

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O índice Dow Jones perdeu quase 400 pontos durante a sessão e encerrou a quarta sessão consecutiva de perdas —  a maior sequência negativa desde agosto. Já o Nasdaq, que reúne as principais empresas de tecnologia, teve recuo de mais de 1% à espera dos resultados de Nvidia (NDVA).

Confira o fechamento dos índices:

  • Dow Jones: -1,07%, aos 46.091,74 pontos;
  • S&P 500: -0,83%, aos 6.617,32 pontos; 
  • Nasdaq: -1,21%, aos 22.432,84 pontos.

Durante a sessão, os índices chegaram a cair mais de 1%. 

O que movimentou Wall Street?

O setor de tecnologia manteve a tendência de liquidação iniciada no final de outubro, com preocupações sobre uma eventual “bolha de inteligência artificial” (IA), após uma série de balanços do terceiro trimestre (3T25). Para os investidores, os valuations das companhias de IA estão “esticados” e o aguardado resultado de Nvidia (NVDA) pode confirmar — ou não — essa percepção do mercado.

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A fabricante de semicondutores divulga os números do 3T25 nesta quarta-feira (19) depois do fechamento dos mercados. Na expectativa, as ações NVDA registraram queda de mais de 2%.

Somado a pressão da IA, os índices de Wall Street recuaram com uma possível interrupção do ciclo de cortes nos juros pelo Federal Reserve (Fed, Banco Central dos EUA) em dezembro, em meio a recentes declarações de dirigentes do BC norte-americano.

Hoje, o presidente da unidade do Fed de Richmond, Thomas Barkin, disse esperar que os próximos dados e entrevistas em andamento com a comunidade ajudem a esclarecer para onde a economia está indo.

“No geral, estamos vendo pressão em ambos os lados de nosso mandato, com a inflação acima de nossa meta e o crescimento do emprego em baixa”, disse Barkin em comentários em uma reunião de cúpula econômica na Universidade Shenandoah. “Mas também vemos atenuantes em ambos os lados”, com consumidores resistindo aos aumentos de preços e uma queda na oferta de mão de obra mantendo a taxa de desemprego estável.

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Além disso, os impactos do shutdown estão no radar, com o fim da paralisação da máquina pública após 43 dias e a retomada da divulgação dos dados econômicos dos Estados Unidos. Em destaque, o relatório de empregos (payroll) de outubro, com divulgação prevista para a próxima quinta-feira (20).

Outros números do mercado de trabalho, porém, já começaram a ser divulgados. Nesta terça-feira (18), o Departamento do Trabalho do país divulgou que pedidos contínuos de auxílio-desemprego — aqueles que recebem benefícios além de uma semana inicial  — subiram para 1,957 milhão na semana encerrada em 18 de outubro.

Esse número aumentou em 10.000 em relação à semana anterior e foi o mais alto desde o início de agosto. Houve um aumento notável em relação ao nível de 1,916 milhão na semana encerrada em 13 de setembro, a última semana de dados a ser divulgada antes do início da paralisação (shutdown) em 1º de outubro.

O mercado também operou à espera da a ata da última decisão de política monetária, que reduziu os juros em 0,25 ponto percentual, para a faixa de 3,75% a 4,00% ao ano. O documento será divulgado amanhã (19).

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Perto do fechamento, a ferramenta FedWatch, do CME Group, apontava 53,4% de chance de o Fed manter os juros inalterados. Ontem (17), a probabilidade era de 57,6%. A expectativa de corte de 0,25 ponto percentual subiu de 42,4% para 46,6% (hoje).

Mais acordo comercial e procura por um novo ‘chefe’ do Fed

As perdas foram limitadas pelo anúncio de um novo acordo comercial.  O presidente norte-americano, Donald Trump, disse anunciou que a Arábia Saudita concordou em investir US$ 600 bilhões nos Estados Unidos, com o príncipe herdeiro saudita prometendo um aumento no investimento para US$ 1 trilhão.

O chefe da Casa Branca também afirmou que seu governo já iniciou as conversas para escolha do próximo presidente do Fed. “Eu adoraria tirar o cara que está lá atualmente, mas as pessoas estão me segurando”, disse ele, referindo-se a Jerome Powell, atual presidente da autoridade monetária.

O mandato de Powell encerra-se em maio do próximo ano.

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.

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