Mercados

Wall Street: S&P 500 e Nasdaq renovam recordes após acordo comercial com o Vietnã e à espera do payroll

02 jul 2025, 17:08 - atualizado em 02 jul 2025, 17:21
Wall Street
Em Wall Street, o S&P 500 renovou a máximas histórica com anúncio de acordo com o Vietnã e perspectiva de corte nos juros pelo Fed após dado de emprego (Imagem: REUTERS/Brendan McDermid)

Wall Street seguiu em forte ritmo de ganhos e renovou os recordes históricos. As negociações tarifárias e novos dados do mercado de trabalho movimentaram o pregão, enquanto o cenário fiscal continuou no radar.

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Confira o fechamento dos índices de Wall Street:

  • Dow Jones: -0,02%, aos 44.484,42 pontos;
  • S&P 500: +0,47%, aos 6.227,42 — maior nível histórico; 
  • Nasdaq: +0,94%, aos 20.393,13 pontos — maior nível histórico.

Os recordes anteriores foram registrados na última segunda-feira (30).

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O que movimentou Wall Street hoje?

As máximas de Wall Street foram impulsionadas pelas negociações comerciais dos Estados Unidos.

No final da manhã desta quarta-feira (2), o presidente Donald Trump anunciou que chegou a um acordo comercial com o Vietnã: todos os produtos vietnamitas estarão sujeitos a uma taxa de importação de 20% e uma tarifa de 40% sobre reexpotações do país. Em troca, o país asiático abrirá o mercado integralmente aos produtos fabricados nos EUA, com isenção total de tarifas.

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Em reação, as ações da Nike (NKE), negociadas na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE), subiram 4%. A companhia fabrica aproximadamente metade de seus calçados no Vietnã e na China.

Os ganhos em Wall Street, porém, foram limitados por novos dados do mercado de trabalho. O relatório ADP mostrou que o setor privado norte-americano perdeu 33.000 empregos em junho, sendo o primeiro declínio mensal desde março de 2023. Os economistas consultados pela Dow Jones esperavam um crescimento de 100.000 vagas.

Embora o ADP não seja uma “prévia” para o relatório oficial de empregos, o payroll, os investidores voltaram a calibrar as apostas sobre a trajetória dos juros.

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Após o dado, agentes financeiros passaram a ver 23% de chance de corte nos juros pelo Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA) na próxima reunião do Comitê Federal do Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), que acontece no final deste mês. Ontem (1), a probabilidade era de 21%.

Contudo, setembro ainda segue como o mês mais provável para início de cortes nos juros, sendo a aposta majoritária do mercado. A taxa básica de juros norte-americana está na faixa de 4,25% a 4,50% ao ano.

O payroll será divulgado amanhã (3) e a expectativa é de abertura de 110 mil postos de trabalho no mês passado.

O cenário fiscal dos EUA continua no radar. O pacote orçamentário de Trump, conhecido como “Beautiful Bill“, aprovado no Senado deve ser novamente votada na Câmara dos Representantes, ainda sem data para a apreciação. A medida acrescentará cerca de US$ 3,3 trilhões à dívida pública do país.

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As tensões geopolíticas também voltaram a ganhar destaque após o Irã suspender a cooperação com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). A Casa Branca disse que a decisão do país é “inaceitável”. Os investidores também retomaram a cautela com o possível fechamento do Estreito de Ormuz.

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.